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DF: ato pró-armas tem bonecão de Bolsonaro e presença de políticos

Protesto foi organizado pela Associação Nacional Movimento Pró Armas (Ampa). Manifestantes se reuniram na Esplanada dos Ministérios

atualizado

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Manifestantes realizam o II Encontro Proarmas pela Liberdade na Esplanada dos Ministérios, com presença de caravanas de diversos estados do país
1 de 1 Manifestantes realizam o II Encontro Proarmas pela Liberdade na Esplanada dos Ministérios, com presença de caravanas de diversos estados do país - Foto: Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Ativistas pró-armas fizeram ato, na manhã desta sexta-feira (9/7), em frente à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, em Brasília. Trata-se do “II Encontro Proarmas pela Liberdade”. O protesto foi organizado pela Associação Nacional Movimento Pró Armas (Ampa).

A maioria dos manifestantes se vestiu de branco, a pedido dos organizadores do próprio evento. Outros carregaram sobre as costas as bandeiras do Brasil ou dos Estados Unidos.

Apesar de ter sido recomendado distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, é possível verificar, em registros feitos pelo Metrópoles, que a orientação não foi cumprida. Além disso, vários manifestantes não usaram máscaras, o que contraria orientações de autoridades sanitárias em razão da pandemia da Covid-19.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) também participou da manifestação. Ela usou um boné com os dizeres “CAC [caçador, atirador ou colecionador] não é bandido”. Outro presente no ato é o deputado Major Vitor Hugo (PS-GO).

Em conversa com o Metrópoles, o vice-presidente do Pró Armas, André Bedin Pirajá, explicou, na noite dessa quinta-feira (8/7), que o protesto foi pautado em quatro pontos.

O primeiro deles foi a manutenção e ampliação dos “direitos” de acesso a armas de fogo. Pediram também respeito à tripartição dos poderes, o cessamento de “hostilidades” e uma Segunda Emenda brasileira – referência ao dispositivo legal na Constituição dos Estados Unidos que estipula, literalmente, em referência aos grupos que lutavam pela independência americana: “Sendo uma milícia bem regulamentada, necessária para a segurança de um estado livre, o direito do povo de manter e portar armas não deve ser violado”.

Nada além dessas quatro pautas, segundo os organizadores, seria tolerado.

No entanto, uma mulher foi flagrada pelo Metrópoles com a seguinte placa: “Querem tirar nossa única arma. Voto impresso auditável”.

Questionado sobre a atitude da mulher, Pirajá declarou que infelizmente não é possível “controlar tudo”. “A pauta é expressa nos quatro pontos que te passei”, assinalou. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o advogado Marcos Pollon, idealizador do Pró-Armas, disse que, caso surgissem pessoas com outra pautas, ele mesmo iria até esses indivíduos pedir para que se manifestem do outro lado do canteiro.

“Não serão toleradas também manifestações no sentido de intervenções entre os poderes. Afinal de contas, estamos pedindo estabilidade”, afirmou.

Durante o ato, um bonecão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi levantado e uma faixa verde, amarela e azul, estendida.

Veja imagens do ato:

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