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Coronavírus: Aliança suspende coleta de assinaturas nas ruas

Com a pandemia, lideranças do partido em formação do presidente Jair Bolsonaro mudam estratégia e intensificam divulgação nas redes sociais

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Lançamento Aliança Pelo Brasil (APB) com presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Lançamento Aliança Pelo Brasil (APB) com presidente Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Aliança Pelo Brasil, partido em formação capitaneado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, busca redefinir a sua estratégia para intensificar a coleta de assinaturas durante a pandemia do novo coronavírus. As caravanas para buscar apoiadores precisaram ser interrompidas em decorrência das ações de isolamento social que impediram aglomerações. Com isso, lideranças se aproveitaram do momento para redirecionar a atenção dedicada às coletas a um ambiente amplamente conhecido por eles: as redes sociais.

O publicitário da sigla, Sérgio Lima, destacou que não há uma estimativa interna na sigla de quantas novas assinaturas foram colhidas desde o início da pandemia, já que as ações de coleta foram paralisadas. Na semana que vem, o grupo vai lançar uma campanha, apelidada de “recomeço de captação das assinaturas”.

A ideia é usar as redes sociais para se aproximar dessas pessoas e indicar como elas mesmas podem realizar o processo.

“Vai facilitar um pouco mais para as pessoas, para que possam fazer elas mesmas [a inscrição]. Vamos mostrar que basta imprimir a ficha e assiná-la. Não vai precisar fazer o reconhecimento de firma”, justificou. Isso porque, antes da crise da Covid-19, o reconhecimento era necessário para facilitar a conferência nos cartórios. 

Entretanto, explicou Lima, desde que iniciaram as coletas, foi observado que a maioria das pessoas não têm problemas em assinar a ficha corretamente. “A maior recusa das fichas é por pessoas que estavam filiadas a outros partidos. Mas os erros em relação à assinatura são mínimos”, ponderou.

Tesoureira do Aliança pelo Brasil, a advogada Karina Kufa ressaltou que todos da coordenação do partido têm buscado alternativas para que o ritmo de coleta de assinaturas não caia em meio à pandemia.

Ao Metrópoles, ela afirmou ainda que, na semana que vem, vai ocorrer um novo mutirão para recomeçar as inserções no sistema do TSE. O grupo aguarda a deliberação dos cartórios para as fichas feitas antes da pandemia.

Assinaturas validadas
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram contabilizadas 10.428 assinaturas consideradas aptas para oficializar a legenda dos bolsonaristas nesta sexta-feira (17/04). De acordo com a Seção de Gerenciamento de Dados Partidários, a atualização é dinâmica, realizada à medida em que os servidores dos Cartórios Eleitorais analisam as assinaturas. Os articuladores da legenda vinham tendo dificuldade em oficializar os registros.

Sérgio Lima, avalia, porém, que o número pode ser maior. Segundo ele, foram lançadas no sistema da Corte Eleitoral cerca de 110 mil assinaturas. No entanto, devido à conferência dos registros, os números levam mais tempo a serem atualizados no site. Há praticamente um mês, no último 10 de março, haviam sido aprovados 8.034 apoios.

O aumento não significa, contudo, que se trate de assinaturas coletadas durante a crise da Covid-19. Lima explica que a diferença de 2.394 correspondem aos apoiamentos lançados ainda no início do ano.

Os entes federativos que mais conseguiram apoiadores até o momento são: o Distrito Federal, com 2.264 assinaturas aptas; Santa Catarina, 1.594; do Mato Grosso do Sul, 1.530; do Rio Grande do Sul, 1.515 e Paraná, com 1.249.

Lideranças
A deputada Bia Kicis (PSL) é uma das lideranças que coordena a caravana no Distrito Federal. Ela conta que já se adaptou às restrições impostas pelo coronavírus e intensificou a divulgação do procedimento por Whatsapp e nas redes sociais. Segundo a parlamentar, também há muita procura de interessados na nova sigla.

Em Minas Gerais, a deputada Ale Silva (PSL) disse que o grupo parou de coletar as assinaturas nas ruas, por causa da proibição de aglomerações e “para não serem criticados”. “Porque estar em um momento tão difícil como esse e pensando em um projeto político…”, ponderou. “Mas não desistimos de forma alguma”, concluiu.

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