metropoles.com

Bolsonaro reclama de ações no TSE: “Tentativa de decidir no tapetão”. Veja

Presidente faz transmissão ao vivo semanal em meio ao avanço da crise da Covid-19, das negociações anti-impeachment e de julgamento no TSE

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Jair Messias Bolsonaro cumprimenta apoiadores e fala com a imprensa
1 de 1 Presidente Jair Messias Bolsonaro cumprimenta apoiadores e fala com a imprensa - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), faz sua costumeira live semanal, nesta quinta-feira (11/06), em dia no qual a negociação com o Centrão no Congresso gerou mais críticas ao governo, além do crescimento dos números de infectados e mortos no Brasil, por causa da pandemia de coronavírus. Outro tema candente da semana foi o recomeço do julgamento de duas ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa de Bolsonaro e Hamilton Mourão.

E foi justamente reclamando contra os processos que ameaçam seu mandato que Bolsonaro começou a falar.

Acompanhe:

“Esta semana, o TSE começou a julgar uma ação, que tem assinatura do PT, da Marina Silva e do [Guilherme] Boulos, buscando impugnar a chapa. Qual a materialidade? Em setembro, de 2018, tinha uma página que chamava-se Mulheres contra Bolsonaro. E essa página foi hackeada. O pessoal mudou o titulo: Mulheres com o Bolsonaro. Então, esses partidos depois das eleições ajuizaram uma ação dizendo que a mudança foi decisiva para a eleição”, disse o presidente.

“Uma brincadeira, né? O TSE começou a julgar, relator, ministro OG [Fernandes] deu [voto] pelo arquivamento. Fachin pediu vista e apresentou voto dizendo que as investigações deveriam continuar sobre quem hackeou a página. Vamos supor que o João da Silva resolveu fazer isso: impugnar a chapa? Esse cara é um gênio por interferir nas eleições”, ironizou. “Ele arranjou 50 milhões de votos pra mim e derrotou o Haddad.”

E completou: “É uma tentativa de querer decidir no tapetão. A gente fica preocupado, mas não tem cabimento prosperar essa ação. Com todo o respeito ao TSE, deveria ser arquivada de ofício”.

O Brasil tem 40.276 mortes por coronavírus confirmadas até esta quinta, aponta um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Além da dificuldade do governo no combate ao vírus, Bolsonaro virou alvo de ex-aliados por recentes nomeações que tem feito e as que prepara para anunciar. Ele se aproximou do Centrão nas últimas semanas, preocupado com eventual abertura de processo de impeachment em meio à deterioração da avaliação do governo em meio à pandemia.

O presidente anunciou a recriação do Ministério das Comunicações na noite de quarta-feira (10/06), outro fato que indignou ex-apoiadores. A nova pasta, a 23ª na atual estrutura, foi desmembrada do agora Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que segue sob o comando de Marcos Pontes.

Para integrantes do PSL, por exemplo, partido pelo qual ele se elegeu, Bolsonaro abandonou as promessas que fez durante a campanha eleitoral, como a de que iria diminuir o número de ministérios a 15 para cortar gastos.

O novo ministro é Fábio Faria (PSD-RN), que integra o Centrão. Para justificar a nomeação, Bolsonaro afirmou que ele, como genro do apresentador Silvio Santos, é uma boa opção.

0

Compartilhar notícia