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Câmara: Ramos espera Guedes e “ambiente saudável” na Comissão Especial

Presidente do colegiado que discute o mérito das mudanças na Previdência quer esclarecimentos da equipe econômica no início dos trabalhos

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MARCELO RAMOS
1 de 1 MARCELO RAMOS - Foto: Reprodução/Facebook

O ministro da Economia, Paulo Guedes, é esperado nesta quarta-feira (08/05/2019) para a primeira reunião da Comissão Especial que vai analisar a reforma da Previdência na Câmara. O presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), disse que entrou em contato com a equipe econômica para que Guedes e outros técnicos da pasta apresentem detalhadamente os números da reforma que servirão de base para as discussões da comissão.

“Minha sugestão é que a primeira audiência seja com a equipe econômica do governo. Isso vai servir para que a gente deixe de discutir a periferia, como, por exemplo, ‘os números não apresentados’, ‘o ministro não veio’ etc. Vamos discutir os números apresentados pelo ministro”, ponderou Ramos, nesta segunda-feira (06/05/2019) .

“Isso foi conversar com a equipe econômica do governo e eu acho que eles têm bom senso de que o esclarecimento dos números e de todas as questões técnicas relativas às propostas é elemento fundamental para um debate maduro sobre uma proposta que muda a vida de tanta gente”, disse o deputado, que chegou a conversar com o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, para articular a presença do ministro Guedes no início dos trabalhos.

“Evitar chacota”
Ramos se reunirá nesta terça-feira (07/05/2019) com líderes partidários presentes na comissão e com a Liderança da Minoria na Câmara, atualmente representada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Ele disse esperar um debate mais qualificado entre governo e a oposição. Sua intenção é evitar embates como os que ocorreram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quando o ministro chegou a ser chamado de “tchutchuca”, reagiu e a audiência precisou ser suspensa diante do tumulto formado entre deputados do governo e da oposição.

“O governo tem que vir preparado para discutir a matéria e não para fazer o embate político, que não é o papel do ministro e já é o papel dos deputados da base. E a oposição, tenho certeza, vai se comportar com a responsabilidade devida de quem é contra o projeto, mas entende que é um debate para esclarecer o Brasil”, observou.

“Quando se contrapõe à proposta, você esclarece o Brasil até para ser contra. Quando você xinga, faz chacota, não se esclarece ninguém e compromete o entendimento sobre uma matéria que é tão importante. A expectativa é de uma ambiente político saudável”, disse.

Primeiro contato
Nesta segunda-feira (06/05/2019), o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), disse que Guedes poderá participar de uma audiência pública na comissão. Já o relator da proposta no colegiado, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que a vinda do chefe da equipe econômica ainda é incerta. Os dois fizeram uma primeira reunião de trabalho. “Foi um primeiro contato e foi produtivo”, disse Vitor Hugo, ao sair do encontro.

O líder concluiu que a oposição “ultrapassou um pouco os limites na CCJ“. Ele preferiu não falar sobre prazos e que o interesse do governo é que a votação aconteça na comissão quando se houver consenso sobre o texto.

O relator, por sua vez, disse que foi importante ouvir o governo e que há uma preocupação grande com a “desidratação” do texto. Ele ressalvou que a proposta, somente, não resolverá o problema do país, mas, sem ela, o Brasil estará “fadado ao fracasso”.

Ponto de partida
Para o deputado disse tratar a reforma como um “ponto de partida” para mudanças na economia com o objetivo de fazer o país crescer.

“Na verdade, precisa de outras medidas para revolver o problema do Brasil. Só a Previdência não resolverá, mas é a partir dela que as coisas serão resolvidas. Se nós não resolvermos a Previdência, nós estaremos fadados ao fracasso”, afirmou Samuel Moreira.

“Não significa que só ela promoverá o nosso sucesso, tem outras medidas do governo, mas a Previdência é um ponto de partida, ela é fundamental, senão, nós fracassaremos”, observou.

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