Bolsonaro sobre exame de coronavírus: “Minha palavra vale mais”

Presidente tem sido pressionado a mostrar os testes negativos para a infecção por coronavírus, mas segue resistindo

Raphael Veleda
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As seguidas notícias de infecção pelo coronavírus de pessoas que viajaram com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para os Estados Unidos e de servidores da Presidência que nem mesmo estiveram fora do Brasil fazem aumentar a pressão para que ele exiba os próprios exames – que afirma terem dado negativo. Mas isso não deve acontecer, segundo o próprio Bolsonaro.

“Pra que você quer saber? Você dorme comigo?”, reagiu Bolsonaro ao ser perguntado sobre o tema por jornalistas ao chegar ao Palácio da Alvorada na noite desta quinta-feira (26/03). “Eu tô bem”, garantiu. “Seria um prato feito para a imprensa, né? [se tivesse testado positivo]. Mas é a minha palavra. E minha palavra vale mais do que um pedaço de papel”, prosseguiu.

Bolsonaro fez ao menos dois testes para ver se havia sido infectado pelo coronavírus e informou apenas pelas redes sociais que ambos tinham dado negativo.

As cobranças a Bolsonaro aumentaram após, apesar de exigência da Justiça, o Hospital das Forças Armadas (HFA), onde Bolsonaro foi testado, ter omitido o nome de dois pacientes diagnosticados com Covid-19.

Além dos mais de 20 integrantes da comitiva presidencial que viajaram para os Estados Unidos no início de março e testaram positivo na volta, pessoas próximas a Bolsonaro no Brasil estão com coronavírus.

É o caso de seu segurança Ari Celso Rocha Lima de Barros, de 39 anos, internado em estado grave no Hospital de Base do DF. O caso foi revelado nesta quinta-feira pelo Metrópoles.

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