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Bolsonaro indica militar para Agência Nacional do Petróleo

Atual diretor-geral da ANP renunciou ao cargo em janeiro. Indicação do presidente Jair Bolsonaro terá de ser apreciada pelo Senado Federal

atualizado

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou nesta terça-feira (17/03) o oficial da reserva da Marinha Rodolfo Henrique de Saboia para ocupar o cargo de diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

A indicação do militar, que atualmente é superintendente de Meio Ambiente da Diretoria de Portos e Costas da Marinha, ainda terá de ser apreciada pelo Senado Federal. Ele assume o cargo no lugar do agora ex-diretor da agência Décio Fabricio Oddone da Costa.

A exoneração de Oddone do posto também foi publicada em edição extra desta terça. Em janeiro deste ano, ele já havia renunciado ao cargo em carta direcionada a Bolsonaro. No documento (leia sobre mais abaixo), Oddone afirmou que só permaneceria no cargo até a aprovação de seu substituto.

Trajetória de Oddone frente à ANP
Na direção da autarquia desde 2016, Décio Oddone ficaria no posto de diretor-geral da ANP, inicialmente, até dezembro deste ano.

Para Oddone, sua missão à frente da agência “já foi cumprida”. “Nunca pertenci a qualquer grupo ou contei com padrinho político. E sempre acreditei que um cargo público só deve ser exercido enquanto a missão a ele associada esteja por ser cumprida.”

“O processo de grandes mudanças no setor, do qual participei com afinco, encerrou-se com os últimos leilões e a identificação das ações necessárias para eliminar as restrições regulatórias e estimular a competição nos setores de abastecimento, de distribuição e revenda de combustíveis automotivos e de aviação, de gás de cozinha e de gás natural”, escreveu.

Segundo o agora ex-diretor, o setor energético enfrentava sua “maior crise” quando ele assumiu, com necessidade de novas regras de exploração e produção; de diminuir a concentração nos segmentos de abastecimento e gás natural; e com “momentos difíceis” na área de biocombustíveis.

Medidas como os leilões de petróleo, a regulamentação do uso do biometano, a divulgação “de forma transparente” do preço dos combustíveis e a atualização “com maior aderência ao mercado internacional” dos preços da gasolina e do diesel foram citadas por ele como avanços da gestão.

“Com o encaminhamento das grandes transformações no setor, derivadas de decisões de política energética, e a mudança do foco das ações para o ambiente regulatório, creio que essa é forma pela qual melhor posso contribuir para a consolidação do processo por que passamos”, declarou.

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