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Bolsonaro avalia que MP comete abuso contra Flávio no caso Coaf

Em conversa com jornalistas no Alvorada, presidente afirmou que o órgão quebrou o sigilo do filho e que houve “estardalhaço”

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles
Anuncio de Negociação para transferir o Formula 1 para o Rio de Janeiro.  Brasília(DF), 24/06/2019
1 de 1 Anuncio de Negociação para transferir o Formula 1 para o Rio de Janeiro. Brasília(DF), 24/06/2019 - Foto: Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avaliou, na manhã deste sábado (21/12/2019), que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) agiu de forma abusiva nas investigações envolvendo o filho Flávio Bolsonaro (sem partido). O senador é acusado de participar de esquemas de lavagem de dinheiro e desvio de verba pública quando era deputado estadual.

Pouco antes das 9h, o mandatário do país abriu as portas do Palácio da Alvorada para cerca de jornalistas de 15 veículos – entre os quais, o Metrópoles. Durante mais de duas horas de conversa, o chefe do Executivo respondeu a perguntas sobre política, governo e vida pessoal. 

Ao ser questionado a respeito de possível tentativa de se gerar desgaste ao governo referente às diligências, o titular da República acusou o MPRJ de vazar informações e fazer julgamentos sem que haja sentença judicial. 

“Eu vou responder e sem a réplica. O processo está em segredo de Justiça. Quem é que julga? O MP [Ministério Público] ou o juiz? Os caras vazam e julgam. Paciência, pô. Qual a intenção? Um estardalhaço enorme”, opinou.

“Será por que falta materialidade para ele e o que vale é o desgaste agora? Quem está feliz com essa exposição aí absurda na mídia? Alguém está feliz com isso. Agora, se eu não tiver cabeça no lugar, eu alopro. Que leve o caso dele de acordo com a legislação que está ali”, pontuou. 

Nesse contexto, Bolsonaro falou espontaneamente que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) acessou o sigilo bancário do filho. “Foi quebrado o sigilo dele pelo Coaf? Foi. O que o Supremo decidiu agora? Falta só publicar. O Coaf tem limite; a Receita, não. E daí? Não vou falar mais nada”, frisou. 

Situação hipotética

Para exemplificar, o presidente descreveu uma situação hipotética: “Se entram na conta de um funcionário lá, de uma funcionária, ela tem R$ 60 mil e botou na minha conta. E daí? Vai ser um escândalo. Vendi um carro para ela, mas já está feita a besteira”, apontou Bolsonaro.

“É assim que deve se comportar o Ministério Público? Todo poder tem que ser uma forma de controle quando começa a perder o controle, buscar pelo em ovo…”. Em seguida, concluiu o raciocínio: “Então, a questão do MP… Isso é uma questão de abuso. Eu tenho nota”. 

O chefe do Planalto voltou a acusar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de tentar prejudicar sua imagem.

“Só não vi [o Witzel] dando beijo no Flávio de língua. De bitoquinha, eu já vi. Acabaram as eleições, sobe a cabeça dele, ele quer ser presidente da República. Começa a se enfiar na minha vida. O inferno começou”, disparou.

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