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Bolsonaro aparece com caixa de cloroquina em reunião do G20

Presidente participou de teleconferência com os líderes dos 20 países mais ricos do mundo

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
Presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levou uma caixa do medicamento Reuquinol para a reunião com os líderes do G20 que tratou da crise global da pandemia do novo coronavírus.

O medicamento é usado no tratamento contra a malária e o lúpus e vem tendo a eficácia testada no combate à Covid-19, porém sem comprovação científica até o momento.

Na bula do remédio, fabricado pelo laboratório Apsen, a empresa informa que o sulfato de hidroxicloroquina (fórmula do Reuquinol) causa hipoglicemia severa, incluindo perda de consciência, que pode ser fatal para diabéticos.

Entre as precauções recomendadas na bula, estão os efeitos de insuficiência cardíaca, com desfecho fatal em alguns casos. Outra recomendação é a realização de exames periódicos da função dos músculos e reflexos, e a suspensão do uso caso alterações sejam observadas.

Ainda em fase de testes quanto aos efeitos sobre o novo coronavírus, o uso da cloroquina é desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois ainda não são conhecidos os possíveis riscos dessas substâncias em longo prazo no tratamento da Covid-19.

Testes já apontaram resultados preliminares promissores em pacientes da China, Itália e França. A partir desses primeiros resultados, Bolsonaro determinou que laboratórios farmacêuticos das Forças Armadas passassem a produzir o medicamento. Além disso, o presidente zerou o imposto de importação do remédio.

Uso em pacientes graves

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse em entrevista coletiva, nessa quarta-feira (25/3), que a cloroquina será incluída no protocolo de tratamento de pacientes graves com coronavírus. A indicação é que o medicamento seja usado por até cinco dias.

Segundo Mandetta, a ideia é deixar o remédio à mão dos profissionais de saúde caso eles entendam que o paciente pode ser beneficiado. “Nosso protocolo foi feito a partir do que nós conhecemos desse remédio e vai ser monitorado”, explica. Ele apela ainda para que a população que comprou o remédio na farmácia na última semana o devolva ou no próprio estabelecimento ou em postos de saúde e hospitais.

Metrópoles questionou a assessoria do Palácio do Planalto sobre a presença do medicamento durante a reunião do G20 e se o presidente defendeu o uso da cloroquina no combate ao novo coronavírus e aguarda resposta.

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