Baleia Rossi não descarta aceitar pedidos de impeachment de Bolsonaro

Deputado destacou que acatar pedidos de afastamento é prerrogativa do presidente da Câmara: "Não podemos abrir mão de nenhuma prerrogativa"

Marcelo Montanini
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O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, não descarta possibilidade de aceitar pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O emedebista disse, nesta segunda-feira (11/1), que acatar pedido de afastamento é “prerrogativa do presidente da Câmara” e que “não podemos abrir mão de nenhuma prerrogativa do Parlamento”.

Ao ser questionado durante agenda em Santa Catarina sobre a possibilidade de analisar os pedidos, Rossi disse que o faria com “muita clareza e objetividade”.

“Uma das prerrogativas do presidente da Câmara dos Deputados é essa, e cabe ao presidente analisar todos os pedidos. Não podemos fazer o exercício de futurologia. Quando eu for presidente da Câmara dos Deputados, nós vamos fazer a análise dentro da Constituição. É prerrogativa do Parlamento, e não podemos abrir mão de nenhuma prerrogativa do Parlamento”, declarou.

Nesse domingo (10/1), uma declaração de Rossi à Folha de S. Paulo, a respeito de não analisar processos de impeachment, gerou atrito com a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que foi ao Twitter cobrar o cumprimento do acordo sob pena da perda de votos do partido.

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Desistência do partido em apoiar Baleia Rossi foi estopim para Maia
Baleia Rossi
Baleia Rossi (MDB-SP)
Rodrigo Maia e Baleia Rossi

O acordo, todavia, não é um acatamento automático, mas uma possibilidade de análise de pedidos de impeachment de Bolsonaro, o que não foi feito pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Reforma tributária

Rossi destacou a reforma tributária, da qual é autor, como a agenda prioritária para a retomada da economia brasileira.

“A proposta mais madura para que a economia reaja é a votação da reforma tributária. É uma das reformas vitais para o Brasil para gerar emprego e renda, para devolver a esperança da população, hoje, de 14 milhões de desempregados. E a agenda social também, [deve] buscar o fortalecimento de ações sociais dentro do teto [de gastos], neste momento em que a população passa por dificuldade”, afirmou.

O deputado ressaltou que o enfrentamento à pandemia da Covid-19 deve ser um dos temas prioritários para a Casa neste primeiro semestre.

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