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Artistas participam de ato em Copacabana pela renúncia de Michel Temer

Wagner Moura, Daniel Oliveira, Gregorio Duvivier e Criolo são alguns dos presentes ao evento, que terá show de Caetano Veloso às 16h

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Glaucon Fernandes/Eleven/Estadão Conteúdo
Multidão no Rio protesta contra Michel Temer e pede eleições diretas
1 de 1 Multidão no Rio protesta contra Michel Temer e pede eleições diretas - Foto: Glaucon Fernandes/Eleven/Estadão Conteúdo

A praia de Copacabana está movimentada neste fim de semana por protestos. No sábado (27/5), um trecho da areia amanheceu com máscaras pintadas de vermelho para pedir a renúncia do presidente Michel Temer e a reforma política.

Na tarde deste domingo (28/5), uma multidão ocupa a Avenida Atlântica, na altura do posto 3. O alvo mais uma vez é o presidente Michel Temer (PMDB). Os manifestantes pedem também eleições diretas para a Presidência.

Shows e discursos
A multidão começou a se formar ainda pela manhã. Desde as 12h estão ocorrendo shows de diversos artistas. A principal exibição será a de Caetano Veloso, a partir das 16h. Também se apresentam cantores como Criolo, Teresa Cristina e Pretinho da Serrinha.

Os atores Wagner Moura, Daniel Oliveira e Gregorio Duvivier são outros nomes entre os artistas que marcam presença no evento. Moura foi um dos mais aplaudidos e cortejados pelos fãs.

“Nós, que no ano passado estivemos na rua contra o golpe que levou Temer à presidência, agora temos o segundo round. Não é possível Temer continuar, nem esse Congresso escolher seu substituto. Pode não ser ilegal, mas é imoral e ilegítimo. E o ovo da serpente são essas reformas trabalhista e previdenciária”, afirmou o ator, durante discurso no palco.

A poetisa e atriz Elisa Lucinda também defendeu a saída de Temer: “Esse momento é crucial, nós estamos sendo violentados”, afirmou, antes de declamar uma poesia que discorre sobre corrupção e falta de dinheiro para educação e saúde.

Glaucon Fernandes/Eleven/Estadão Conteúdo

Além de partidos
Políticos de partidos como Rede e PT participam da manifestação. Mas o deputado federal Alessandro Molon (Rede)  afirma que “essa não é uma causa de um partido político, de um segmento, essa é a melhor solução para o país”.

Molon foi autor do primeiro pedido de impeachment de Temer após a divulgação da delação dos donos da Friboi. Ele acredita que a mobilização popular pode convencer os congressistas a aprovarem uma emenda constitucional que institua eleições diretas.

Renúncia seria solução mais rápida
“A primeira medida necessária é a saída de Temer”, afirma o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM). Para o congressista, há duas formas de isso ocorrer: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer ou a Procuradoria Geral da República denunciar Temer, o que dependeria de autorização do Poder Legislativo.  “O mais rápido seria o presidente renunciar, mas não se pode esperar isso dele”, afirmou.

Para o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), mesmo se a eleição direta para presidente neste momento não for instituída, a mobilização popular é importante. “Em 1984, não conseguimos aprovar (a eleição direta), mas o movimento popular acelerou o fim da ditadura e as conquistas da Constituição de 1988.”

Possível desfecho da crise
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirma ser possível prever hoje o desfecho da crise política. “Nós exigimos eleições diretas para presidente, mas não dá pra saber qual será a decisão do Congresso”, afirma.

Lindbergh lembra que há uma proposta de emenda constitucional que será votada na próxima quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça. “Mas tem outras variáveis: parece que o (deputado federal) Rocha Loures (flagrado recebendo R$ 500 mil) está negociando delação premiada. Então muita coisa pode acontecer”, avaliou.

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