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Após divergências, G7 se reúne para discutir relatório de Renan Calheiros

Senador Humberto Costa (PT-PE) chegou a dizer que integrantes do grupo estariam travando uma “disputa de vaidades”

atualizado

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Igo Estrela/ Metrópoles
Randolfe, Renan e Omar Aziz
1 de 1 Randolfe, Renan e Omar Aziz - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

Na expectativa de alinhar detalhes do relatório final da CPI da Covid-19, senadores do chamado G7, grupo majoritário que comanda os trabalhos da comissão, se reúnem nesta segunda-feira (18/10) com o relator Renan Calheiros (MDB-AL) para discutir o texto pela primeira vez. Desde que o documento foi vazado à imprensa, senadores que integram o grupo não tiveram acesso ao conteúdo e demonstraram irritação com o ocorrido.

Nos bastidores, integrantes do colegiado de oposição e independentes ao governo federal criticaram a falta de diálogo do relator com demais senadores e de abertura para proposições e intervenções no texto. Segundo o próprio emedebista, o relatório ainda não foi disponibilizado para nenhum senador da comissão.

A expectativa, porém, é de que isso ocorra nesta tarde. Até a última atualização desta reportagem, senadores estavam reunidos, sem a presença do relator Renan Calheiros, no gabinete do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), para tratar da questão.

Um dos parlamentares mais atuantes da comissão e membro do G7, o senador Humberto Costa (PT-PE) criticou a postura de Calheiros frente ao relatório e classificou as discussões em torno do conteúdo do documento como “disputa de vaidades”. “Isso é inaceitável”, enfatizou.

O petista narra que houve uma quebra de acordo de Calheiros. “Havia um compromisso do relator, que é uma pessoa por quem tenho um gigantesco apreço, de que, antes de divulgar para a imprensa, teria conversas com os integrantes do G7 para ouvir opiniões, colher sugestões, e isso lamentavelmente não aconteceu. Não estou aqui fazendo crítica nem querendo colocar qualquer tipo de fogo. Mas acredito que o problema foi gerado por essa situação”, explicou.

Costa acredita, porém, que os impasses serão pacificados. “Foi positiva essa prorrogação do presidente Omar Aziz, dando sete dias de vista. Assim, vamos poder analisar todos os pontos de vista colocados, apresentar sugestões, manifestar discordâncias. Creio que hoje poderemos começar a encontrar uma solução. Suponho que vamos ter a maturidade necessária para encontrar um texto que represente o entendimento da maioria da CPI”, prosseguiu.

Em entrevista ao colunista Guilherme Amado, Calheiros disse que está aberto a discussões e que o resultado final será da “maioria da CPI”. Há hoje discordâncias entre os crimes imputados aos indiciados do relatório do emedebista, além de alguns parlamentares terem sentido falta de outros potenciais indiciados.

“Não há como chegarmos a um consenso ou a uma maioria sem discussão sobre os temas. Continuo aberto e as posições que defendo são públicas e de acordo com a investigação. O parecer não será do relator, mas da maioria da CPI. O processo legislativo só caminha pela maioria”, disse Renan.

Questionado sobre o vazamento, o relator da CPI disse ser “impossível” conter todas as informações tidas como sigilosas da comissão, em razão do número de assessores envolvidos nas discussões. “Lamento que tenha vazado, mas até achei bom porque antecipou publicamente um debate que era inevitável. Sem o debate fica difícil construir um consenso”, defendeu-se.

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