metropoles.com

Aborto após estupro é defendido por 87% dos brasileiros, diz pesquisa

Nove em cada 10 brasileiros acreditam que a mulher vítima de estupro deve ter a opção de abortar, como previsto em lei

atualizado

Compartilhar notícia

Barbara Jorge/EyeEm/Getty Images
gravidez
1 de 1 gravidez - Foto: Barbara Jorge/EyeEm/Getty Images

Nove em cada 10 brasileiros (87%) acreditam que a mulher vítima de estupro deve ter a opção de abortar, como previsto em lei, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão, em parceria com o Instituto Locomotiva.

Além disso, três em cada quatro mulheres gostariam de poder contar com essa opção e 52% acreditam que optariam por interromper a gestação nesse caso.

A opinião majoritária (74%) é de que as situações em que o aborto é permitido no país devem ser mantidas ou ampliadas. Atualmente, há três hipóteses para aborto legal no Brasil: gravidez resultante de estupro, risco de morte da mãe e gestação de feto anencéfalo.

Somente 12% dos brasileiros acham que o aborto não deveria ser permitido em nenhum caso. O número sobe para 16% entre evangélicos.

Ainda segundo a pesquisa, 64% consideram que o aborto deve ser discutido como uma questão de saúde pública e de direitos, ante 14% que acham que é uma questão da intimidade privada de cada pessoa, 7% que acham ser questão de polícia e 3%, de religião.

O levantamento entrevistou 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em todo o território brasileiro entre 27 de janeiro e 4 de fevereiro deste ano. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Outro dado mostra que 84% da população sabe que o aborto clandestino realizado sem condições de saúde adequadas é uma das principais causas da morte de grávidas no país.

Criminalização

A criminalização do aborto não é considerada solução para 67% dos consultados, já que no Brasil as mulheres continuam a fazer aborto e a morrer por aborto inseguro.

Sobre quem mais sofre com a criminalização do aborto, 77% concordam que são as mulheres pobres que não podem pagar por um aborto realizado com orientação médica.

Para 73%, quem defende a proibição do aborto em qualquer circunstância não está pensando no que vai acontecer com a mulher ou menina que for obrigada a levar a gravidez adiante.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?