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Vice de Alvaro Dias volta a defender extinção do Ministério da Fazenda

Paulo Rabello de Castro (PSC) afirmou em entrevista que pasta emperra o crescimento econômico do país

atualizado

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Fernando Frazão/Agênci Brasil
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1 de 1 1079136-fernfraz_abr_img_20170601_174600 - Foto: Fernando Frazão/Agênci Brasil

O economista Paulo Rabello de Castro (PSL), ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o governo do presidente Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (27/8), em entrevista ao Estado, que o Ministério da Fazenda será extinto em um eventual governo de Alvaro Dias (Podemos), de quem é vice na chapa nas eleições 2018.

Segundo o político, a pasta impede o crescimento econômico do país ao dificultar reformas tributárias. Castro acompanhou Dias na primeira sabatina Estadão-Faap Sabatinas com os Presidenciáveis, realizada nesta segunda (27) em São Paulo.

Confira a entrevista:

O senhor ainda defende a extinção do Ministério da Fazenda? Isso vai ocorrer caso a chapa de vocês seja eleita?
Sim, está nos nossos planos. O Ministério da Fazenda atualmente emperra o crescimento econômico e isso acontece porque ele exerce uma função meramente arrecadatória, que é burra ao impedir as necessárias e urgente reformas simplificadoras dos impostos. E, ao mesmo tempo, sempre se espera dos ministros da Fazenda uma visão de País que, de fato, os eles não têm trazido para os governos. O que tem de ficar claro é que os ministros e o Ministério da Fazenda são um “tranca rua”. Não são a cura, mas a doença.

Sem um ministro da Fazenda, quem daria as diretrizes econômicas do governo? Haveria uma junção com o Ministério do Planejamento, por exemplo?
Vai haver uma concentração de atividades, sim, na pasta do Planejamento. As atividades necessárias da Fazenda, como o Tesouro Nacional e a política tarifária, é claro que devem ser mantidas. O que nós estamos confrontando é essa visão arquetípica, quase mística, de que o ministro da Fazenda traz a solução para o crescimento do País e dos problemas brasileiros.

Por que o Alvaro Dias, que é o candidato, não diz isso publicamente? Por que, quando questionado quem seria seu ministro da Fazenda, não explica que não pretende ter um?
Justamente para não cair na esparrela de fulanizar aquilo que é um conceito. Isso já basta no caso do Sérgio Moro, porque essa maneira de mostrar um nome para a Justiça que represente esse aspecto não tem a mesma conotação na Fazenda. Se tivesse seria o meu, mas não é o caso porque o vice-presidente não é demissível.

Qual será a sua participação num eventual governo de Alvaro Dias?
Eu vou coordenar um centro de governo, espécie de órgão executivo que é mais do que o gabinete civil. Isso acabaria com a figura meramente decorativa do vice-presidente.

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