metropoles.com

Temer quer liberar R$ 1,3 bilhão para cobrir dívidas com bancos

O presidente pediu apoio do Congresso para “cumprir compromissos assumidos no passado” com Venezuela e Moçambique

atualizado

Compartilhar notícia

PAULO VITOR/AGÊNCIA ESTADO
BNDES terá ações emergenciais para estados, municípios e DF no valor de R$ 4,3 bilhões
1 de 1 BNDES terá ações emergenciais para estados, municípios e DF no valor de R$ 4,3 bilhões - Foto: PAULO VITOR/AGÊNCIA ESTADO

O presidente Michel Temer (MDB) fez um apelo aos parlamentares para que estejam na próxima sessão do Congresso, no dia 2, e aprovem o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que o governo enviará com cerca de R$ 1,3 bilhão para honrar dívidas com os bancos Credit Suisse e  BNDES. Segundo o chefe do Executivo, as dívidas – feitas em contratos com Venezuela e Moçambique – são de governos anteriores.

“Eu quero aproveitar essa oportunidade e solicitar mais uma vez o apoio do Congresso Nacional para, no dia 2, uma quarta-feira, nós podermos ter presença a fim de votar um projeto de lei que trata de recursos financeiros para a União cumprir compromissos assumidos no passado, portanto, não no nosso governo, mas que este governo tem de cumprir”, disse, em rápida coletiva de imprensa.

Mais cedo, após uma reunião com o presidente e líderes da base, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, anunciou que o governo brasileiro terá de mexer no Orçamento para honrar dívidas de obras contratadas pela Venezuela e por Moçambique.

Sem detalhar se haverá novos recursos e como será feito um remanejamento do Orçamento, Marun disse que a dívida total é de cerca de R$ 1,5 bilhão e o governo vai redigir um PLN com cerca de R$ 1,3 bilhão para o Fundo garantidor poder honrar o compromisso e cumprir o calote dado pelos dois países.

“Nós temos que efetuar esses pagamentos até o dia 8 de maio. O Brasil dispõe dos recursos, mas não existe obviamente previsão orçamentária para tanto, até porque se trata de uma inadimplência desses dois países”, explicou. “Estamos avaliando no dia de hoje esse remanejamento, para que possamos ainda amanhã apresentar o PLN.”

Compartilhar notícia