metropoles.com

Senado vai ouvir presidente da Caixa sobre empréstimos ao Nordeste

Proposta é que Pedro Guimarães também explique a redução no percentual de novos recursos endereçados à região neste ano

atualizado

Compartilhar notícia

Marcos Oliveira/Agência Senado
CAE – Comissão de Assuntos Econômicos
1 de 1 CAE – Comissão de Assuntos Econômicos - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do senado aprovou nesta terça-feira (06/08/2019) requerimento para ouvir o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, sobre as diretrizes para a concessão de empréstimos para estados e municípios da região Nordeste. A proposta é que Guimarães também explique a redução no percentual de novos empréstimos à região neste ano. O pedido foi feito pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-RS) e Eliziane Gama (PPS-MA).

Levantamento feito com base nos números do próprio banco e do sistema do Tesouro Nacional apontou que em 2019, até julho, o banco autorizou novos empréstimos no valor de R$ 4 bilhões para governadores e prefeitos de todo o país.

Para o Nordeste, foram fechadas menos de dez operações que, juntas, totalizam R$ 89 milhões, ou cerca de 2,2% do total – volume muito menor do que em anos anteriores. Mesmo depois da pressão do presidente da Caixa para destravar as contratações, as operações direcionadas para o Nordeste seguem abaixo dos 10%.

Na comissão, Vieira destacou ser necessário um esclarecimento sobre os empréstimos, “porque o porcentual é substancialmente menor do que no período correspondente em governos passados”, disse. “Para que os números não fiquem no vazio, é importante abrir esse espaço para que a transparência chegue e a gente possa informar o cidadão, esse é nosso objetivo”, afirmou o parlamentar.

Nenhum preconceito
Integrante da CAE, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse que votou a favor do requerimento para que Guimarães possa esclarecer que não há “nenhum preconceito” com relação aos estados e municípios nordestinos.

“Claramente isso aí é uma composição em função daquilo que os municípios e estados podem dar de garantia para tomar empréstimos. Se não tem como dar garantia de que vão poder pagar, obviamente não vão ter empréstimo”, disse Flávio.

Compartilhar notícia