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Procurador Ângelo Goulart cancela depoimento na CPMI da JBS novamente

O pai estaria com problemas de saúde. O Metrópoles apurou que ele está “indignado” por ter sido convocado, e não convidado

atualizado

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ANPR/Divulgação
O procurador Ângelo Goulart Villela
1 de 1 O procurador Ângelo Goulart Villela - Foto: ANPR/Divulgação

Ângelo Goulart Vilela cancelou seu depoimento à CPMI da JBS pela segunda vez. A previsão era que o procurador da República fosse ao Senado Federal para ser interrogado pelos 34 senadores e deputados nesta quarta-feira (4/10), no entanto, alegando problemas de saúde de seu pai, que estaria internado em estado grave no Rio de Janeiro, Goulart pediu o adiamento da oitiva.

Segundo o presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), o procurador afastado apresentou atestados médicos que comprovariam o estado de saúde do pai e, por isso, o depoimento foi remarcado para o próximo dia 17.

Esta é a segunda vez que Ângelo Goulart cancela sua participação na CPMI. Primeiramente, ele seria ouvido na última quarta-feira (27/9). Mas o procurador alegou ter sido avisado muito em cima da hora e, por isso, não poderia comparecer.

O Metrópoles apurou que Ângelo está “indignado” por ter sido convocado e não convidado. A convocação torna a presença dele obrigatória, podendo ser levado pela Polícia Federal caso se recuse a comparecer.

Ângelo Goulart é acusado de tentar interferir nas investigações da Greenfield, que apura irregularidades em fundos de pensões e favorecimento a uma empresa de celulose controlada pela J&F. Ele teria sido “contratado”, segundo alega a Procuradoria-Geral da República, pelos irmãos Joesley e Wesley Batista para repassar informações sigilosas da operação a eles.

Ainda nesta terça-feira (3), a CPMI aprovou a convocação do Vinicius Carvalho, ex-presidente do Cade. A votação sobre Fernanda Tórtima ficou para ser votada na próxima semana.

Estão previstas oitivas com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho e com o advogado Márcio Lobo, que representa a associação de acionistas minoritários da JBS.

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