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Presidente da Alesp anuncia que vetará homenagem a Pinochet

Sessão solene havia sido marcada a pedido do deputado Frederico d’Avila, do PSL. Ele chama o governo do ditador de “brilhante”

atualizado

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Cauê Macris
1 de 1 Cauê Macris - Foto: Reprodução/Facebook

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) anunciou na noite desta quarta-feira (20/11/2019) que editará um decreto para impedir a homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet que havia sido marcada para 10 de dezembro na Casa. A sessão solene está marcada para o Auditório Paulo Kobayashi, conforme o site da Alesp.

A proposta da homenagem ao general apontado como responsável por ao menos 40 mil mortes no Chile foi do deputado Frederico d’Avila, do PSL.

“Pinochet conduziu seu governo de forma brilhante, impedindo que o cenário ditatorial e violador de direitos humanos cubano e soviético da época se instalasse no seio da sociedade chilena. A visão comunista desses fatos nunca entenderá o bem que ele fez àquele país e à América Latina. Acabou a era de exaltar terroristas como se heróis fossem. O presidente Augusto Pinochet, em 17 anos do seu governo, transformou o Chile na economia mais pujante da América Latina”, escreveu d’Ávila em e-mail ao Metrópoles.

Esta não é a primeira vez que políticos brasileiros exaltam a figura do ditador. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já elogiou abertamente Pinochet. Em uma das ocasiões, em 2015, afirmou que o general “devia ter matado mais gente”.

Recentemente, Bolsonaro atacou a ex-presidente do Chile e Alta Comissária da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, ao citar o nome do pai dela, Alberto Bachelet, morto sob o regime militar no país.

“Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época”, disse Bolsonaro.

Augusto Pinochet foi um general do Exército que comandou o Chile entre 1973 e 1990. Mais de 3 mil pessoas foram mortas durante o regime.

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