Planalto destaca entrega “exitosa” de ajuda humanitária à Venezuela

Conforme nota divulgada neste sábado, alimentos e remédios encaminhados para a fronteira, em Roraima, chegaram ao território vizinho

Ana Helena Paixão
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Em nota divulgada na tarde deste sábado (23/2), a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República destacou como “exitosa” a operação realizada pelo governo brasileiro para recolher mantimentos pelo país (foto em destaque) e levá-los à Venezuela.

Havia risco de os produtos não entrarem, uma vez que, por decisão do presidente Nicolás Maduro, as fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia foram fechadas nessa sexta (22). Na manhã deste sábado, a Polícia Nacional Bolivariana chegou a incendiar os primeiros três caminhões com ajuda humanitária que saíram da Colômbia para Ureña, cidade do estado venezuelano de Táchira.

Veja vídeo:

“A respeito da ajuda humanitária oferecida pelo Brasil ao povo da Venezuela, a Presidência da República informa que a participação do governo brasileiro foi exitosa em reunir e transportar as doações até o destino de distribuição”, diz trecho da nota. “Os dois primeiros caminhões enviados pelo Brasil cruzaram a fronteira, adentrando o país vizinho, sem incidentes na travessia”, destacou o texto.

Alimentos não perecíveis, como arroz, açúcar e sal, e kits de primeiros socorros faziam parte dos mantimentos encaminhados para o pronto atendimento dos venezuelanos. Segundo a Secom, teve início na tarde deste sábado a segunda fase da operação, que consiste na logística para a entrega dos produtos antes armazenados em Boa Vista (RR).

“O sucesso em rapidamente mobilizar e disponibilizar alimentos e medicamentos somente foi possível com o envolvimento de diversos órgãos do governo federal e com a colaboração da população, tanto brasileira quanto venezuelana”, ressaltou a Presidência da República.

Ainda conforme a nota, o Ministério da Defesa ampliou as capacidades da Operação Acolhida, realizada a um mês para receber, em território brasileiro, venezuelanos que saíram de seu país natal para fugir da crise. A equipe médica envolvida na ofensiva será triplicada. Também haverá ampliação do “potencial logístico” e do “sistema de evacuação médica, por meio, da disponibilização de novas ambulâncias equipadas”.

O texto informa ainda que o chanceler Ernesto Araújo foi pessoalmente para Pacaraima, fronteira entre Brasil e Venezuela, para acompanhar a entrada dos caminhões e alimentos em território venezuelano. “O governo brasileiro confia na solução da questão, certo de que os líderes daquele país terão a sensibilidade de atenuar as condições de vulnerabilidade as quais estão submetidos nossos irmãos venezuelanos”, concluiu a Secom.

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