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“Petrobras não deve sofrer interferência política”, afirma Rêgo Barros

Para o porta-voz da Presidência, Jair Bolsonaro (PSL) não se impôs sobre o valor do diesel e é contrário à intervenção do Estado na empresa

atualizado

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Wilson Dias/Agência Brasil
Briefing do porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
1 de 1 Briefing do porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

eO porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse, nesta sexta-feira (12/4), que por “princípio” o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), acredita que o governo não deve interferir nas decisões da Petrobras, mas que “recomendou” aguardar a importação do diesel.

“A Petrobras, empresa de capital aberta sujeita a regras de mercado, não deve sofrer interferência politica em sua gestão. Em face do impacto do ajuste anunciado, ele [o presidente] recomendou aguardar a importação”, explicou o porta-voz.

Rêgo Barros comentou que a interferência governamental em assuntos da Petrobras foi uma das razões da “crise que ocorreu em governos passados”. O chefe do Executivo deve se encontrar nesta terça-feira (16/4) com os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e o de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para resolver a situação.

No entanto, as conclusões sobre o impasse podem não sair ainda hoje. “A reunião como princípio é para tomar uma decisão, mas se dela decidir-se por um aprofundamento dos dados, naturalmente não será na terça-feira o resultado”, pontuou Rêgo Barros. Além da reunião com Bolsonaro na terça, a Casa Civil realizará, um dia antes, uma reunião com outros ministros para discutir a política dos combustíveis.

Na fala desta sexta, o porta-voz alegou que “o governo não é refém de ninguém” e reafirmou, por diversas oportunidades, que a empresa não deve sofrer interferência estatal.

A respeito da ligação de Bolsonaro ao presidente da Petrobras, Rêgo Barros disse que o chefe do Executivo quis apenas conversar sobre situações importantes à sociedade. “Realmente não se discutia, se impunha. O presidente não impõe. Ele discute, ele busca informações”, completou.

O presidente chegou a procurar o chefe da estatal, Roberto Castello Branco, para criticar o aumento que havia sido anunciado para o diesel. Após o contato, a petroleira recuou e adiou o reajuste, o que foi encarado pelo mercado como uma ação intervencionista do governo. Como consequência, as ações da companhia caíram 7%.

O porta-voz afirmou que Bolsonaro não planeja encontrar com a classe caminhoneira a respeito da crise do combustível.

Previdência
Em relação à nova Previdência que tramita na Câmara dos Deputados, o porta-voz acredita que os líderes do governo no Congresso, Câmara e Senado, farão as “correções necessárias” para “convencer e mobilizar” os deputados sobre a “importância” do texto.

“Quanto mais rápido essas fases forem alcançadas, terão oportunidade de trabalhar sobre a proposta e corrigi-la, colocando, por fim, sua firma no documento e providenciando ao país a oportunidade de alavancar-se ao futuro”, completou o porta-voz.

Infraestrutura
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) esteve nesta sexta-feira na inauguração do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Macapá. Segundo Rêgo Barros, o complexo faz parte das ações “mais Brasil e menos Brasília” do governo Federal.

“Há um esperança sob o ponto de vista da infraestrutura de que aquele aeroporto se torne um ramo internacional. Isso vai ajudar naturalmente a aumentar a integração do Estado, o turismo na região e, como consequência, o comércio na cidade”, concluiu. Para a voz do governo, é fundamental “aumentar a autonomia dos Estados e municípios” por meio do Pacto Federativo.

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