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“PEC do Teto já está funcionando muito bem”, diz Meirelles

O ministro da fazenda defendeu a proposta e prometeu que investimentos em saúde e educação serão “preservados”

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (31/10) que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 que cria um teto para o crescimento das despesas públicas “já está funcionando bem”. Ele voltou a prometer que os investimentos em saúde e educação serão preservados e negou que haja necessidade de aumento de impostos nos próximos anos.

“Imaginem uma família que comece a gastar muito mais do que ganha e que comece a tomar empréstimos cada vez maiores para pagar suas despesas. Foi isso que o governo (passado) fez. E no momento que a dívida começou a aumentar, o governo passou a pagar não só juros como despesas cada vez maiores”, afirmou, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

O argumento do ministro é que, com o governo anterior tomando cada vez mais recursos da sociedade para arcar com o endividamento, sobraram menos recursos para o consumo e para o investimento.

“Além disso, começou a se criar uma desconfiança sobre a capacidade do governo de sustentar o ritmo de despesas no ritmo que acontecia. Isso diminuiu a criação de emprego e as empresas diminuíram sua atividade. E, como o medo do desemprego aumentou, as pessoas passaram a consumir menos”, completou.

Cortes
Questionado pelos apresentadores, Meirelles mais uma vez negou o corte de recursos para a saúde e para a educação. “O que se estabelece agora é um gasto mínimo com saúde e educação e não um máximo. O Executivo e o Congresso podem inclusive aprovar mais recursos para essas áreas. Os investimentos nessas áreas, fundamentais para a sociedade, estão preservados”, garantiu.

Por fim, o ministro disse que o governo não está prevendo o aumento de impostos porque está limitando o crescimento das despesas. “Mais impostos seriam necessários se as despesas continuassem a crescer de forma descontrolada. Quando o governo corta na própria carne, elimina a necessidade de aumentar tributos”, concluiu.

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