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Partidos da base e da oposição se unem por CPI da “máfia das delações”

Requerimento para instalação da investigação foi protocolado nesta quarta (30/5) e conta com a assinatura de 191 parlamentares

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Parlamentares de partidos da base do governo e de oposição protocolaram juntos nesta quarta-feira (30/5) um requerimento para a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) a fim de investigar suposto esquema de venda de proteção em delações premiadas por parte de advogados e delatores no âmbito da Operação Lava Jato. O documento conta com a assinatura de 191 deputados de oito siglas: PT, MDB, PP, PSB, PDT, PR, PCdoB e PSol.

A abertura da CPI depende da autorização da Presidência da Câmara. São necessárias apenas 171 assinaturas para que o pedido seja protocolado.

Segundo os deputados, nos acordos de colaboração firmados pelo Ministério Público, existe uma “máfia das delações”, composta por advogados e servidores públicos. “É necessário investigar a possibilidade de manipulação das colaborações premiadas, o que indica fraude nos procedimentos e a possibilidade do envolvimento de agentes públicos”, diz o requerimento.

Segundo o documento, as delações dos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Cláudio de Souza – conhecido como Tony, ou Peter – teriam sido o ponto de partida para o pedido de CPI. Eles são acusados de integrar o esquema comandado por Dario Messer, chamado de “doleiro de todos os doleiros”. Os parlamentares afirmam que, em suas delações, Juca Bala e Tony acusam o advogado Antonio Figueiredo Basto de cobrar uma “taxa de proteção” de US$ 50 mil mensais (cerca de R$ 185 mil) de outros integrantes do conchavo, entre 2005 e 2013.

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