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Para melhorar educação, Bolsonaro diz que vai combater “lixo marxista”

De acordo com o presidente eleito, o Brasil vai evoluir “em formar cidadãos e não mais militantes políticos”

atualizado

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Fernando Frazão/Agência Brasil
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1 de 1 bolsonaroabr - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Um dia antes de ser empossado como presidente da República, o próximo titular do Palácio do Planalto, Jair Messias Bolsonaro (PSL), foi ao Twitter declarar que o “combate às teorias marxistas” será uma das primeiras medidas implementadas pelo seu governo para tirar o Brasil das piores posições dos mais importantes rankings de educação.

Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) – coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e uma das principais análises do nível educacional dos países –, em 2016 o Brasil ostentava uma das 10 avaliações do globo.

Para futuro chefe do Executivo nacional, o conjunto de análises socioeconômicas elaboradas pelos filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels, principais pensadores do comunismo, é um “lixo”. De acordo com Bolsonaro, o Brasil precisa evoluir e formar cidadãos – “e não mais militantes políticos”.

Em agosto, ainda durante a campanha eleitoral, Bolsonaro propôs a implementação do ensino a distância como alternativa de “combate” ao marxismo. “Com o ensino a distância, você ajuda a combater o marxismo e pode começar a fazer o ensino a distância uma vez por semana”, disse.

Bolsonaro toma posse nesta terça-feira (1º/1). Após receber a faixa presidencial das mãos do presidente Michel Temer, ele assinará as nomeações de seu ministério, como a do futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez.

Rafael Carvalho/Governo de transição
Ricardo Vélez Rodriguez

 

Indicação de Olavo de Carvalho (um dos gurus do presidente eleito), o colombiano é defensor do movimento Escola sem Partido e prega menos “ideologia” nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ainda não há uma decisão sobre quem presidirá o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Posse
Nesse domingo (30/12), o governo realizou o último ensaio geral da cerimônia de posse de Jair Bolsonaro. O forte esquema de segurança ficou evidente durante o treinamento, com forte presença de militares. Alguns curiosos foram impedidos de acompanhar as atividades das forças armadas.

O acesso da população à Esplanada dos Ministérios será exclusivamente pela Rodoviária do Plano Piloto. A partir deste ponto, as pessoas que quiserem assistir à solenidade terão de descer a Esplanada a pé. Não serão permitidos no local, por exemplo, bicicletas, skates e patins.

A lista de proibições também inclui guarda-chuva, objetos cortantes, máscaras, carrinhos de bebês, fogos de artifício, bebidas alcoólicas, garrafas, sprays, além de bolsas e mochilas. Quatro linhas de revistas serão montadas a partir da Rodoviária do Plano Piloto, com fiscalização manual da Polícia Militar. Quanto mais próximo ao Congresso Nacional, mais rigoroso fica o controle.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, confirmou que as ameaças de atentado contra o presidente eleito são reais.

“As ameaças são reais. Nós não temos o direito de descartar nenhuma delas. Todas serão neutralizadas”, disse em referência ao inquérito aberto pela Polícia Federal na semana passada, conforme revelou o Metrópoles, para investigar grupo que se intitula terrorista e está agindo no DF. O ministro, entretanto, não deu detalhes acerca do andamento das investigações.

Etchegoyen informou que, em razão das ameaças, ainda não está definido se Bolsonaro desfilará em carro aberto. Questionado sobre quando o martelo será batido, o futuro ministro do GSI, general Augusto Heleno, disse que aguarda determinação  do presidente eleito. “O critério para essa decisão é Jair Messias Bolsonaro”, declarou.

Na véspera da posse, as polícias Federal e Civil do Distrito Federal cumprem sete mandados de busca e apreensão no DF, em Goiás e São Paulo. No DF, são cumpridos dois mandados expedidos pela Justiça. A suposta organização, que se autodenomina Sociedade Secreta Silvestre, mantém um site chamado Maldição Ancestral, no qual diz estar “em tocaia terrorística contra o progresso humano”. Na página da internet, são disseminadas diversas mensagens de ódio e pregados “o caos e o terror no seio da civilização”.

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