Para Maia, briga de bolsonaristas pelo PSL é “incoerente”
Com as eleições de 2020 na mira, o presidente da Câmara disse que o foco é o fundo partidário, ao contrário do que os deputados dizem
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a briga entre as alas bolsonarista e bivarista do PSL, ex-partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, é “incoerente”. Ele inferiu, em sua fala, que o conflito tem como principal foco os recursos do fundo partidário.
“Mas para que ficam e brigam pelo PSL? Se não querem dinheiro, para que querem brigar pelo PSL? Tem uma incoerência dessas pessoas defensoras do governo, falam uma coisa, mas querem o partido pelo dinheiro que o partido tem”, disse.
Desde outubro, a legenda vive um racha e intensas “batalhas” pela liderança da sigla na Câmara. Após muitas idas e vindas, o cargo voltou para Eduardo Bolsonaro (SP), líder dos bolsonaristas. Para Maia, a insistência pela vaga gira em torno do dinheiro que a legenda de Luciano Bivar (PE) tem.
“Porque fora o dinheiro, o que o PSL tem? Tem uma incoerência na briga com o PSL. Por que querem a liderança do PSL?”, criticou. O partido, que até 2018 tinha quatro parlamentares, agora tem mais de 50. Por isso, para as eleições de 2020, a sigla tem cerca de R$ 350 milhões para serem distribuídos entre os candidatos.
Além do fundo partidário, mais de 14 deputados querem deixar o PSL também sem perda de mandato. A intenção da maioria é mudar para a futura legenda de Bolsonaro, Aliança pelo Brasil. Mas, até que a sigla seja oficializada, o grupo se mantém em uma frente independente do PSL, chamada de “Brasil acima de tudo“.
A mobilização carrega o nome do principal lema de campanha de Bolsonaro e será composta por deputados federais e estaduais que se posicionem como os bolsonaristas. O grupo, contudo, nega que a iniciativa seja uma criação de um partido dentro da própria sigla, apesar de a frente já ter até um estatuto elaborado.