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Para FHC, não se deve confundir “centro” com “Centrão”

“Se você diluir um no outro, não corresponde com o desejo de reforçar o pensamento democrático”, defendeu o ex-presidente

atualizado

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GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Fernando Henrique Cardoso
1 de 1 Fernando Henrique Cardoso - Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira (17/5) que a defesa da união a qual ele chama de “centro democrático e reformista” não deve ser confundida com o “Centrão” – bloco informal na Câmara composto por partidos médios e pequenos.

Fernando Henrique, presidente de honra do PSDB, é um dos signatários de um manifesto a ser lançado no fim de maio, conforme antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo, que destaca a necessidade de unir um “centro democrático” nas eleições de outubro, encabeçado por lideranças de PSDB, DEM, MDB e PTB.

“Precisa haver um esforço”, afirmou o tucano nesta quinta, na Fundação FHC, em São Paulo. “Se você diluir o centro no Centrão, não corresponde com o desejo de reforçar o pensamento democrático, prestar atenção nas desigualdades, combate à corrupção e visão de futuro, o Brasil integrado na economia global”, disse.

Como Centrão, o tucano afirmou se referir às pessoas com interesses fisiológicos no “dá cá toma lá” de partidos e governo. Em recado a seu partido, Fernando Henrique disse que é preciso unir o centro nas eleições, mas misturar o chamado “Centrão” na aliança pode ter um custo caro perante o eleitorado.

Questionado se o ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, está confundindo o centro com Centrão, FHC disse que ele tem sido prudente. “Não tem nem dado passos além da perna”, opinou.

Apoio
Em Fortaleza, o empresário Flávio Rocha, presidenciável pelo PRB, disse nesta quinta que apoia o manifesto lançado por FHC. “Eu me associo inteiramente, inclusive fui pioneiro neste esforço de fazer face aos dois extremos que nos remetem aos dois piores momentos de nossa história: a era da ditadura e a da recente destruição da economia brasileira”, disse.

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