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“Papagaio” de Bolsonaro, deputada foi condenada por desvios em MG

Sem direito a cadeira na mesa que conduziu sessão solene dos 30 anos da Constituição, parlamentar mineira permaneceu de pé, ao fundo

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 raquelmuniz - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Quem acompanhou a sessão solene em comemoração aos 30 anos da Constituição, nesta terça-feira (6/11), percebeu uma presença insistente ao lado do presidente Michel Temer, e do futuro chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro. Era a deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG).

Sem direito a cadeira na mesa que conduziu a cerimônia, a parlamentar mineira permaneceu de pé, ao fundo. A cada oportunidade de eternizar a sua presença em fotos ao lado de Temer e Bolsonaro, Raquel dava um passo à frente e se colocava ao lado deles.

A parlamentar foi condenada pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) em Montes Claro (MG) por improbidade administrativa. Ela e o marido, prefeito da cidade mineira à época, Ruy Muniz, foram investigados por terem utilizado a influência dos seus cargos políticos para pressionarem auditores da Receita Federal. O objetivo era promover interesses de grupos econômicos que o casal seria o verdadeiro proprietário.

Na decisão, o juiz Jefferson Ferreira Rodrigues determinou o pagamento de multa de R$ 30 mil, a suspensão dos direitos políticos do casal por três anos e a proibição de contratos com o poder públicos pelo prazo de três anos. O processo, movido pela Procuradoria-Geral da República, foi aberto em 2015. Raquel e Ruy Muniz recorrem da decisão.

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Homenagem a marido preso
Em 2016, Ruy Muniz chegou a ser preso -e foi logo após um ato simbólico da esposa deputada. Em 17 de abril daquele ano, Raquel citou o marido durante seu discurso efusivo em favor da admissibilidade de processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff (PT). No voto, disse que o marido era exemplo para o país.

“Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão. Meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Julia, minha mãe Elza. É pelo norte de Minas, por Montes Claros, por Minas Gerais, é pelo Brasil. Sim, sim, sim!”, declarou Raquel.

No dia seguinte, Ruy foi preso pela Polícia Federal no âmbito do processo que responde com a mulher.

Raquel Muniz tentou se reeleger deputada federal. Não conseguiu. A parlamentar recebeu 45.338 votos (0,45% do total válido).

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