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Oposição irá ao MPF contra vídeo pró-ditadura divulgado pelo Planalto

Os partidos querem que “sejam apuradas as responsabilidades” sobre a divulgação das imagens feita pelo Whatsapp

atualizado

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GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO
CEI2016 –  Comissão Especial do Impeachment 2016
1 de 1 CEI2016 – Comissão Especial do Impeachment 2016 - Foto: GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO

O senador Humberto Costa (PT-PE) garantiu, na tarde desta quarta-feira (2/4), que a Oposição se juntará para  fazer uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) contra o Palácio do Planalto. Os partidos querem que “sejam apuradas as responsabilidades” sobre a  divulgação de um vídeo que exalta o golpe militar de 1964. No último fim de semana, a gravação foi enviada pela assessoria do governo federal a um grupo de jornalistas pelo WhatsApp.

“Isso é um caso em que a estrutura pública é utilizada descaradamente para defender um reconhecido golpe de Estado, responsável por violações sistemáticas dos direitos humanos”, afirmou o parlamentar, no plenário da Casa. O senador lembrou, ainda, que a Procuradoria-Geral da República havia advertido de que comemorar aquela data seria ilegal.

“A rede oficial do Palácio do Planalto terminou difundindo um vídeo que fazia apologia ao regime que torturou e matou e, como neste governo tudo é fake news, tudo é informação falsa, até mesmo o cidadão que aparecia no vídeo era um ator contratado para falar bem de um regime tão duro para o nosso país”, atacou Humberto Costa.

“Não há como eliminar a responsabilidade do presidente Bolsonaro. Aliás, o vice-presidente da República [Hamilton Mourão], que estava como presidente em exercício, indicou claramente que a responsabilidade da veiculação daquele vídeo era do presidente Bolsonaro“, completou Humberto Costa.

Lula Livre
Líder do PT no Senado, Costa lembrou que no próximo domingo (7) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado em segunda instância por lavagem de dinheiro e corrupção na Operação Lava Jato –  completa um ano preso, na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

O senador classificou o fato como um exemplo do “Estado policialesco” em que o país vive, no qual direitos fundamentais da Constituição são desrespeitados, segundo ele.

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