“Não acredito que vamos criar vagas em escola à bala”, diz Alckmin
Presidenciável falou sobre suas propostas para a educação do país e disse que pós-graduação tem de ser bancada pelos alunos
atualizado
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Durante entrevista à Globonews, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que os problemas do Brasil, em especial na área da educação, não serão resolvidos à bala. “Não acredito que vamos criar vaga em escola à bala, vaga de emprego, fazer acordo comercial à bala. O povo não erra na hora da escolha, ele precisa é ter todas às informações. Cabe a nós levar essas informações”, completou, fazendo uma referência ao também pré-candidato ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PSL).
Ainda sobre as escolas brasileiras, ele afirmou ser o momento de investir na educação das crianças menores. “Se você pegar o orçamento da educação básica não chega a 30% do total, e olha que temos um número bem maior de alunos. O Brasil não investe pouco nas escolas, é 6% do Produto Interno Bruto (PIB), o que precisa é um melhor investimento”, completou.
No dia em que o Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) enviou nota ao Ministério da Educação (Mec) alertando que, se for mantido o orçamento previsto para o órgão em 2019, haverá suspensão das bolsas de pós-graduação e de programas de formação de professores em de agosto do próximo ano, o tucano afirmou que é preciso cobrar pelas pós-graduações nas universidades do país.
“Não resolveria o problema, mas ajudaria. Pode estabelecer uma gratuidade apenas para uma determinada faixa de renda. Não temos nada fechado sobre isso, mas é uma ideia”, explicou ele sobre os cursos de mestrado e doutorado. Ackmin ainda defendeu ações afirmativas para ingresso nos cursos superiores de alunos provenientes da rede pública.
Economia
Questionado sobre os problemas econômicos do Brasil, o candidato tucano ao Planalto disse ainda que pretende fazer uma “abertura comercial”, incluindo redução de tarifas de importação e desonerando de tributos que incidem sobre a renda de pessoa jurídica, além dos impostos corporativos.
Alckmin enfatizou também a necessidade de tributar os dividendos distribuídos por grandes empresas e, ao mesmo tempo, desonerar investimentos. “O que precisamos é fazer uma abertura comercial, conquistando o mercado, reduzindo tarifas”, explicou o presidenciável. “Eu pretendo reduzir imposto de renda de pessoa jurídica e o imposto corporativo. Hoje, não se investe e distribui investimentos, não se investe e distribui dividendos. Temos é que estimular investimentos”.