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Mulher de Bolsonaro e apoiadores estão no hospital em Juiz de Fora

É grande a movimentação da imprensa no local. Presidenciável pode ser transferido para Sírio-Libanês de São Paulo nas próximas horas

atualizado

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Claudia Pires/Especial para o Metrópoles
michelle de paula chega ao hospital onde Bolsonaro está internado
1 de 1 michelle de paula chega ao hospital onde Bolsonaro está internado - Foto: Claudia Pires/Especial para o Metrópoles

Juiz de Fora (MG) – A brasiliense Michelle de Paula, como Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro gosta de ser chamada, chegou por volta das 23h30 desta quinta-feira (6/9) à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG) para acompanhar a recuperação do marido, o deputado federal e candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. O político deu entrada no local por volta das 15h30, após ser esfaqueado durante agenda de campanha no município mineiro.

O presidenciável passou por uma delicada cirurgia para estancar hemorragia no abdômen e conter lesões nos intestinos grosso e delgado, perfurados no ataque. Após o procedimento, ele se recupera na Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa: seu quadro é estável, mas considerado grave.

Michelle de Paula chegou à unidade de saúde mineira por volta das 23h30 desta quinta (6) e não falou com a imprensa (veja vídeo abaixo). Entrou direto no prédio da Santa Casa para ver o marido pela primeira vez após o atentado. De perfil considerado discreto e natural da cidade de Ceilândia (DF), ela raramente acompanha Bolsonaro em atividades políticas. Está casada com o deputado federal desde novembro de 2007 e é mãe da filha caçula do candidato a presidente, Laura, de 7 anos.

 

Além de Michelle de Paula, dois dos filhos do presidenciável, Flávio e Eduardo, estão em Juiz de Fora. Um grupo de políticos apoiadores do candidato também se revezam no hospital, entre eles o senador Magno Malta (PR), que foi chamado para o posto de vice de Bolsonaro, mas declinou do convite. Ele chegou à unidade de saúde pouco antes da esposa do candidato e deixou o prédio por volta da 1h. Contou ter orado com o amigo, que balbuciou algumas palavras, estava fraco, mas bem (assista abaixo).

 

Meia hora antes, o deputado federal e líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Francischini, deixou a Santa Casa. Policial federal, ele destacou que a atuação dos colegas de corporação, que escoltavam o candidato no momento do atentado, foi fundamental para que Bolsonaro sobrevivesse ao ataque e assegurou que exigirá a apuração do caso, o qual considera um crime eleitoral.

Segundo o deputado, é preciso uma investigação profunda, inclusive com quebra de sigilo bancário, para chegar aos mandantes do atentado. “Os acusados presos neste momento precisam de proteção porque são testemunhas de um crime orquestrado. Para garantir isso, vou acompanhar de perto a investigação”, ressaltou.

Logo depois, Flávio Bolsonaro também deixou o prédio, reiterou que o quadro do pai é estável e garantiu: “Acabaram de eleger o presidente do Brasil com este atentado contra um pai de família”.

Transferência
Quando Michelle desembarcou de um carro preto na porta da Santa Casa (foto em destaque), já não havia mais simpatizantes do presidenciável nas imediações do local. A movimentação de jornalistas, porém, era grande: repórteres e fotógrafos da imprensa nacional e internacional aguardavam informações sobre a condição de saúde do líder das intenções de voto à Presidência da República e uma possível transferência de Bolsonaro para o Hospital Sírio-Libanês.

Segundo os médicos mineiros, o presidenciável deve permanecer internado por um período entre uma semana e 10 dias, mas a família espera autorização dos médicos para levá-lo à unidade particular de São Paulo. Uma equipe do Sírio-Libanês já está em Minas, acompanhando o caso do presidenciável.

O ataque
Bolsonaro foi esfaqueado na tarde desta quinta-feira, enquanto cumpria agenda de campanha em Juiz de Fora. Um homem que estava no meio da multidão que cercava o candidato se aproximou e desferiu um golpe, com uma faca, contra a barriga de Bolsonaro. O agressor tentou fugir, mas os simpatizantes do presidenciável impediram. Agentes da Polícia Federal, que faziam a escolta do candidato, tiveram que intervir para evitar que o homem fosse linchado; depois, o prenderam.

Adélio Bispo de Oliveira confessou o crime e disse ter agido por “ordem de Deus“. Na noite desta quinta (6), um segundo suspeito de estar envolvido com o atentado foi detido pela PF – a identidade dele não foi revelada.

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