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Mourão sobre Temer: “Daqui a pouco um ministro qualquer dá um HC”

O presidente em exercício disse ainda que não acredita que a prisão do ex-presidente atrapalhe a tramitação da Previdência

atualizado

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MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
MOURÃO CUMPRE AGENDA EM SP
1 de 1 MOURÃO CUMPRE AGENDA EM SP - Foto: MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente em exercício, general Hamilton Mourão (PRTB) afirmou na tarde desta quinta-feira (21), que a Reforma da Previdência não deve ser impactada pela insatisfação demonstrada pelo presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), com a postura do Executivo ou pela prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Segundo Mourão, que assumiu a presidência com a viagem de Jair Bolsonaro (PSL) ao Chile, a prisão do antecessor pode gerar ruído, mas não vai prejudicar o andamento do texto na Casa. Ele também disse não acreditar que o emedebista ficará muito tempo preso. “Daqui a pouco um ministro qualquer dá um habeas corpus pra ele aí”, afirmou.

Em sinalização a Maia, Mourão disse que a Previdência é a pauta prioritária e passa confiança a investidores, “destravando o jogo” para o país. Moro tem cobrado, paralelamente, o andamento de seu pacote anticrime, o que foi visto como um contraste com a defesa do andamento prioritário da Previdência, definido pelo governo e pelo deputado fluminense. Para o presidente da Casa, o pacote de Moro poderia tirar o foco dos deputados da Previdência.

Previdência dos militares
Apesar da recepção negativa pelos congressistas, Mourão fez a defesa do texto dos militares. “Se for falado daqueles termos que estavam, de que vai economizar R$ 92 bilhões, realmente ela não economiza isso aí. Mas ela organiza o sistema, porque ele não era organizado”. A economia com a reforma dos militares, ao longo de dez anos, deve gerar economia de apenas R$ 10 bilhões.

O presidente em exercício também afirmou que Bolsonaro telefonou para Maia e “eles se acertaram”. Agora, o governo vai ter de trabalhar no convencimento dos parlamentares. “Preocupação é total e vamos ter de trabalhar no Congresso. É conquista de corações e mentes”, completou.

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