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Ministros-parlamentares transferem espólios eleitorais

Apenas Blairo Maggi (PP-MT) diz que não disputará reeleição ao Senado e nem vai transferir seu espólio eleitoral para outro político

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Blairo Maggi na Camara Federal
1 de 1 Blairo Maggi na Camara Federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Ministros que abriram mão de disputar as eleições deste ano para continuarem no governo do presidente Michel Temer não vão desperdiçar seus votos. A maioria decidiu transferir seus espólios eleitorais para familiares ou aliados.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), por exemplo, não tentará um segundo mandato na Câmara dos Deputados, mas vai dividir os votos que acredita ter para eleger dois aliados do MDB como deputados federais por Mato Grosso do Sul, seu reduto eleitoral.

Um deles é o deputado estadual George Takimoto, que deixou o PDT para se filiar ao MDB. “Vou auxiliá-lo também. Pretendo ajudar, na medida do possível, todos os candidatos do MDB”, afirmou Marun.

Deputado licenciado, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy (PP-GO), também desistiu de disputar reeleição e planeja lançar a esposa, Luana Limírio, ou o irmão Joel para a Câmara. Para isso, filiou os dois ao PP na semana passada.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), por sua vez, desistiu de tentar reeleição para um segundo mandato no Senado, mas anunciou apoio na disputa ao deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Tripoli, por sua vez, avalia transferir os próprios votos para eleger deputado federal seu irmão, o deputado estadual Roberto Tripoli, atualmente filiado ao PV. Os dois têm ainda um irmão que é vereador da capital paulista, Reginaldo Tripoli.

Exceção
Dos ministros-parlamentares, apenas o da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), diz que não vai disputar reeleição para o Senado e nem pretende transferir seu espólio eleitoral a outro político. Ele garante que ficará fora das articulações eleitorais porque seu ciclo político terminou.

“Minha intenção é ficar fora da eleição e das articulações. Inclusive avisei aos pré-candidatos que não fiquem esperando meu apoio”, afirmou. “Liderava todas as pesquisas no Mato Grosso, para Senado ou governo. Mas terminou um ciclo para mim”, emendou.

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