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Ministro das Cidades depõe a favor da mulher de Cunha na Lava Jato

Cláudia Cruz é ré na Justiça Federal por supostamente ter lavado mais de US$ 1 milhão provenientes de crimes atribuídos ao ex-deputado

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Chamado como testemunha da jornalista e mulher do ex-presidente da Câmara, Cláudia Cruz, ré da Operação Lava Jato, o ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB) respondeu de seu celular os questionamentos da defesa e disse que nunca participou de reunião ou conversa “sobre negócios com o sr. Eduardo Cunha”.

Ao todo, foram 11 perguntas que o tucano respondeu de forma sucinta. Disse que conheceu Cláudia em uma viagem oficial promovida pela Câmara e que nunca tratou com ela de discussões políticas. O ministro, que é deputado federal, disse ainda que conheceu Eduardo Cunha, a quem classificou de “colega de parlamento”, em 2007.

Questionado se Cláudia acompanhava o marido nas viagens oficiais da Câmara ele afirmou que “eventualmente” ela pode ter comparecido, mas “na condição de esposa”.

O ministro das Cidades faz parte do rol de 26 testemunhas arroladas pela defesa da mulher do peemedebista cassado, – incluindo parlamentares aliados de Cunha e do presidente Michel Temer, além do ex-presidente Collor (1990/1992) e até o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Francisco Resek.

Ação penal
Cláudia é ré na ação penal que responde na Justiça Federal por supostamente ter lavado mais de US$ 1 milhão provenientes de crimes atribuídos ao ex-deputado.

Os investigadores rastrearam o cartão de crédito no exterior e descobriram gastos com roupas, sapatos e bolsas de grife e também em restaurantes finos na Europa.

Ela também é acusada de evasão de divisas. As testemunhas foram indicadas na peça de defesa entregue ao juiz Sérgio Moro.

Segundo a denúncia da força-tarefa da Lava Jato, Cláudia se favoreceu de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão que o marido teria recebido para “viabilizar” a aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.

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