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Militantes da Aliança usam bandeira imperial para atrair apoios

Posto de coleta de assinaturas do novo partido de Bolsonaro em Valparaíso (GO) usa bandeira brasileira que vigorou até 1889 como isca

atualizado

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Bruno Buccis/Divulgação
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1 de 1 ad6158d8-773b-4db7-92ee-e471982d0310 - Foto: Bruno Buccis/Divulgação

A simpatia pelo período imperial do Brasil, após a independência de Portugal, em 1822, até a proclamação da República, em 1889, é usada como isca para atrair assinaturas por militantes do partido que está sendo criado pelo presidente Jair Bolsonaro, a Aliança pelo Brasil, em Valparaíso, cidade goiana no Entorno de Brasília.

O posto de coleta de assinaturas (imagem em destaque) para a criação da sigla está instalado em uma barraca de cachorro-quente no centro de Valparaíso, que fica a 40 km de Brasília. A bandeira imperial tem elementos que foram aproveitados no modelo usado na República, como o fundo verde e o retângulo amarelo (maior na versão antiga).

Diferente é o centro, onde – no lugar do círculo atual atual – há um escudo com o brasão da família imperial com uma Cruz da Ordem de Cristo (em vermelho) e uma coroa, e ramos de café e tabaco.

Ao lado dessa bandeira imperial, também com o objetivo de remeter a tradições, há uma bandeira com a Cruz de Malta, que foi inspirada no design das cruzadas cristãs à Terra Santa.

Essas referências tradicionais não são usadas na comunicação oficial da Aliança Pelo Brasil, que corre para reunir as 492 mil assinaturas necessárias para pedir ao Tribunal Superior Eleitoral o registro do partido e ainda não desistiu de participar das eleições municipais deste ano, apesar de o prazo estar muito apertado – o partido teria de estar registrado até março.

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