Marina Silva se manifesta sobre caso Queiroz: “Haja incoerência!”
Ex-candidata ao Planalto criticou o uso, por parte de Flávio Bolsonaro, do foro privilegiado para conseguir a suspensão das investigações
atualizado
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A ex-ministra e ex-candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, usou as redes sociais para criticar a postura do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), de pedir a suspensão da investigação envolvendo as movimentações bancárias de seu ex-motorista Fabrício Queiroz. Para Marina, a atitude é um exemplo “às avessas” do ditado “quem não deve não teme”
“O caso Queiroz parece um exemplo às avessas do ditado: quem não deve, não teme. O investigado pede pra suspender investigação da qual é alvo pra ganhar tempo e tentar se esconder atrás do foro privilegiado. Faz uso daquilo que tanto criticou pra ganhar votos. Haja incoerência!” ,postou.
O caso Queiroz parece um exemplo às avessas do ditado: quem não deve, não teme. O investigado pede pra suspender investigação da qual é alvo pra ganhar tempo e tentar se esconder atrás do foro privilegiado. Faz uso daquilo que tanto criticou pra ganhar votos. Haja incoerência!
— Marina Silva (@MarinaSilva) January 17, 2019
Flávio Bolsonaro usou a prerrogativa do foro privilegiado para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das investigações que estavam sendo realizadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
Na quarta-feira (16/1), o ministro da corte Luiz Fux atendeu a solicitação e suspendeu a investigação criminal sobre movimentação financeira atípica do motorista, que envolve o gabinete do deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Já o ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso, disse que tem um “encontro marcado” com a decisão temporária de Fux no retorno do recesso, marcado para dia 1º de fevereiro.
Vice-presidente da corte, de plantão durante o recesso dos demais ministros, Fux atendeu, em caráter liminar (provisório), a um pedido da defesa do filho do presidente para sustar o caso até que se decida em que instância do Judiciário deve tramitar, jé que foi eleito senador no último pleito.
O pedido de Flávio Bolsonaro ocorreu dois dias após o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, declarar que poderia oferecer denúncia contra os envolvidos, mesmo sem a realização de oitivas. Tanto Queiroz quanto Flávio Bolsonaro têm faltado aos depoimentos marcados.