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Marina acusa Istoé de retaliação por recusa a convite para sabatina

Presidenciável divulgou nota nesta sexta-feira (7/9) para negar acusações sobre participação do marido em irregularidades

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Marina SIlva
1 de 1 Marina SIlva - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A assessoria de Marina Silva (Rede-PV) divulgou nota nesta sexta-feira (7/9) para negar acusações publicadas pela revista Istoé sobre a suposta participação do marido da presidenciável, Fábio Vaz de Lima, em irregularidades investigadas pelo Ministério Público Federal.

No texto, os responsáveis pela campanha afirmam que a publicação de denúncias divulgadas em outras ocasiões pela imprensa é uma “retaliação” ao fato de a candidata ter “declinado” o convite de participação em uma sabatina com os presidenciáveis promovida pela revista.

Uma das acusações trata de uma reunião, em 2001, do Conselho deliberativo da extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), para liberação de recursos destinados a um projeto de produção de componentes automotivos.

Essa operação teria facilitado o desvio de R$ 44,1 milhões. Segundo a nota, Vaz de Lima esteve na reunião como “mero observador”, na condição de representante do governo do Acre. Não teria participado da decisão.

Assinado pelo editor Germano Oliveira, o texto faz referência também a uma investigação sobre contrabando de madeira em 2004, quando Vaz de Lima ainda trabalhava no executivo estadual. Segundo a nota de Marina, o procurador-geral da República da época, Roberto Gurgel, determinou o arquivamento da denúncia por não enxergar nela “um único elemento de verossimilhança”.

Os casos abordados esta semana por Istoé foram explorados por adversários de Marina na eleição de 2014.

Segue a íntegra da nota:

“A campanha de Marina Silva esclarece que são falsas e requentadas as supostas denúncias apresentadas nesta quinta-feira (6) pelo editor de Política da revista Istoé, Germano Oliveira, contra o marido de Marina Silva, Fabio Vaz de Lima. 

Um dos casos tem quase 20 anos; o outro, mais de uma década. Ambos já foram tratados diversas vezes pela imprensa. Chama atenção o fato de Istoé ter resolvido trazê-los à baila justamente nesta quinta-feira, um dia depois que a campanha de Marina Silva – devido a limitações logísticas e conflitos de agenda – ter declinado o convite da revista para uma sabatina com os presidenciáveis. O episódio causou irritação ao articulista, manifestada em trocas de mensagens com membros da campanha. Enxergamos a publicação do artigo de Oliveira como retaliação, algo incompatível com o bom jornalismo.

Fabio Vaz de Lima foi citado indevidamente em denúncia feita pelo Ministério Público Federal em 2001 por ter supostamente votado a favor da liberação de financiamento para o  projeto da Usina Siderúrgica do Maranhão (Usimar) na reunião do Conselho Deliberativo da extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), no ano anterior.

Fabio nunca fez parte do conselho. No entanto, seu nome consta nos registros da lista de presença da reunião do conselho que apreciou o projeto da siderúrgica. Naquela data, os representantes legais do Estado – o governador à época, Jorge Viana (PT), e seu secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável, Gilberto Siqueira – não puderam estar presentes (todos os Estados da região Norte tinham assento no conselho). O próprio Germano Oliveira aponta isso em seu texto. Fabio, na condição de assessor do governo do Acre, participou como mero observador, já que não tinha direito a voto e voz no encontro. O MPF, porém, achou por bem arrolar na denúncia todas as 18 pessoas presentes à reunião.

O outro episódio diz respeito a supostas irregularidades cometidas em 2004 por Fabio Vaz de Lima com madeira apreendida. A pedido de Marina, o Ministério Público Federal investigou a questão e o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, determinou o arquivamento da denúncia por não enxergar nela “um único elemento de verossimilhança”.

A substituição, por Istoé e seu editor, de critérios jornalísticos por ressentimento, do olho clínico do repórter pelo fígado, nos dá a segurança de ter feito a coisa certa ao cancelar a participação na sabatina.”

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