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Maduro critica Bolsonaro e Janaína rebate: “Entrevista baba ovo”

Venezuelano falou com a Folha de S.Paulo e negou ser ditador. Para ele, presidente brasileiro é “extremista ideológico”

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MARTIAL TREZZINI/Keystone/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
MADURO NA SEDE DA ONU EM GENEBRA
1 de 1 MADURO NA SEDE DA ONU EM GENEBRA - Foto: MARTIAL TREZZINI/Keystone/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Presidente da Venezuela há seis anos, período no qual as eleições no país foram consideradas fraudadas por organismos internacionais, Nicolás Maduro usou uma entrevista que concedeu ao jornal Folha de S.Paulo para negar que seja um ditador e para atacar o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro: “É um extremista ideológico. Recentemente, ele declarou sua admiração pelo [ex] ditador [chileno] Augusto Pinochet, que é uma espécie de Hitler sul-americano. É uma estupidez que ele se declare admirador de Pinochet e diga que a revolução bolivariana é uma ditadura”, disse o venezuelano na entrevista, que foi publicada nesta terça-feira (17/09/2019).

Na conversa, Maduro rebateu falas de outros líderes sul-americanos de esquerda, como o ex-presidente uruguaio José Mujica e a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que também classificam o regime venezuelano como uma ditadura. “Quem o diga, onde o diga, é um estúpido. A Venezuela se respeita. A Venezuela é uma democracia sólida. Ameaçada. Assediada”, afirmou.

O venezuelano também reclamou do presidente norte-americano, Donald Trump, mas disse manter diálogos com o governo dos Estados Unidos. “Conheço a vida diplomática. E desde que sou presidente tenho dito aos EUA que o único caminho que temos no século 21 é o diálogo”, afirmou. Com o Brasil, porém, ele disse que não há diálogo de alto nível. “Ele [Bolsonaro], como presidente do Brasil, com uma fronteira tão grande com a Venezuela, e uma história comum, estaria obrigado, se fosse um estadista, a ter uma comunicação mínima com a Venezuela. Voltarão os dias em que haverá um governo no Brasil com quem possamos nos entender”.

Reação
O governo brasileiro não comentou os ataques de Maduro até o momento. A reação mais forte veio da deputada estadual por São Paulo Janaína Paschoal, que é do PSL, mesmo partido de Bolsonaro. “Maduro dando uma de superior, chamando Bolsonaro de extremista… É gozação? Maduro manda metralhar adversários em plena luz do dia!”, escreveu no Twitter a parlamentar, que também reclamou da Folha. “O problema não é entrevistar. Jornalismo implica ouvir todas as partes. Mas entrevista baba ovo dá vergonha alheia”, escreveu.

A jornalista Mônica Bergamo, autora da entrevista, rebateu a deputada. Também pelo Twitter, disse: “Por favor, deputada, leia a entrevista. A Folha não disse NADA DISSO, absolutamente nada do que a senhora afirma. Risível é fazer crítica em cima de falsidades.”

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