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Lava Jato: advogado de Lula teria recebido R$ 10 milhões da Fecomércio

Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ, foi preso nesta sexta. Ele teria feito pagamento suspeito ao escritório de Roberto Teixeira

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Roberto Teixeira
1 de 1 Roberto Teixeira - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Roberto Teixeira (foto), advogado e compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entrou na mira da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira (23/2), após a prisão de Orlando Diniz, presidente da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio).

De acordo com depoimento da ex-mulher de Diniz, Danielle Paraíso, ao Ministério Público Federal (MPF), divulgado por O Antagonista, Teixeira recebeu ao menos R$ 10 milhões em dinheiro de origem suspeita. Conforme narrou a mulher para a investigação, parte dos pagamentos foi feita pelo doleiro Álvaro Novis, que prestava serviço para a Odebrecht e fazia a distribuição da propina.

Segundo Danielle, os contratos firmados entre o escritório de Teixeira e a Fecomércio não passavam pelo crivo de órgãos reguladores, como Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso, os pagamentos eram feitos fora da sede da federação, que conta com participação de dinheiro público. As notas fiscais também eram omitidas e arquivadas em local externo à organização.

Outro escritório que recebeu pagamentos “suspeitos”, desviados por Orlando Diniz, foi o de Adriana Ancelmo, esposa de Sérgio Cabral. Ambos estão presos por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPF, a empresa da ex-primeira dama do Rio de Janeiro recebeu cerca R$ 20 milhões. Em troca, Cabral tomaria decisões no sentido de beneficiar o Sesc-RJ, sob o comando de Diniz na época.

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