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Janaína Paschoal e Cardozo choram durante sessão do impeachment

Os dois se enfrentaram no plenário do Senado Federal. Ela, que representa a acusação, citou os netos de Dilma Rousseff. Inconformado, Cardozo se emocionou na defesa da presidente afastada

atualizado

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Arte/Metrópoles
José Eduardo Cardozo, Janaína Paschoal
1 de 1 José Eduardo Cardozo, Janaína Paschoal - Foto: Arte/Metrópoles

Os nervos estão à flor da pele no Congresso Nacional nesta terça-feira (30/8), durante o julgamento final do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). De todos os lados, por sinal. Defesa e acusação caíram no choro, após pronunciamentos no plenário do Senado Federal.

Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

Durante discurso, a advogada de acusação Janaína Paschoal chorou e fez um apelo religioso. “Foi Deus que fez com que, ao mesmo tempo, várias pessoas percebessem o que estava acontecendo no país”, afirmou.

Muito embora eu esteja convicta de que estou agindo certo, reconheço que minhas atitudes podem gerar sofrimento. Mesmo estando certa, eu peço desculpas à senhora presidente da República Não por ter feito o que era devido, porque eu não poderia me omitir diante de tudo disso. (Mas) porque sei que a situação que ela está vivendo não é fácil (…) e lhe causei sofrimento. Fiz isso pensando também nos netos dela

Janaína Paschoal

Em seguida, foi a vez do advogado de defesa e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ao rebater Janaína, durante entrevista coletiva, ele também caiu no choro e criticou a colega por citar os netos da presidente afastada.

“Foi um choro sincero e não preparado. Eu acho inadmissível alguém pedir a condenação e dizer que o faz pelos netos dessa pessoa”, afirmou Cardozo, abraçado a senadores petistas.

Segundo reportagem do site O Globo, Dilma Rousseff ligou para Cardozo logo após a entrevista coletiva e agradeceu a solidariedade.

Repercussão
A senadora petista Fátima Bezerra (RN) saiu em defesa de Cardozo. “Foi emoção verdadeira. Ele se dedicou muito durante todo o processo e tem feito uma defesa brilhante. A emoção é pela trajetória que ele tem, pela luta em defesa da democracia”.

No entanto, a senadora não mostrou a mesma condescendência com Janaína Paschoal. “Direito de chorar ela tem, só acho que não é oportuno, e foi até infeliz falar dos netos da presidente”, criticou.

O senador e ex-ministro Armando Monteiro (PTB-PE) questionou a sinceridade do choro da advogada Janaína Pascoal. Segundo ele, que se descreveu como um “chorão”, há momentos em que lágrimas não são propícias. “Acho meio estranho. Há circunstâncias que tornam essa coisa de emoção ser percebida de forma mais ou menos sincera”, avaliou.

Apoiador fervoroso de Dilma, de quem foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ele foi, na sequência, confrontado com o fato de que José Eduardo Cardozo, defensor da petista, também ter chorado. “Ah é?, perguntou, meio sem jeito.” Mas ele se emociona. É legítimo isso”, e seguiu seu caminho.

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