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Gabinete de crise estuda afastar diretoria da Vale, diz Mourão

Vice-presidente diz que não sabe se governo pode recomendar afastamento durante investigações do desastre em Brumadinho, mas avalia questão

atualizado

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mourão e Bolsonaro
1 de 1 Mourão e Bolsonaro - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente em exercício, general Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (28/1) que o gabinete de crise do governo está estudando a possibilidade de a diretoria da mineradora Vale ser afastada de suas funções durante as investigações sobre o desastre que aconteceu na última sexta-feira (25) em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

“Essa questão da diretoria da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise. Vamos aguardar quais são as linhas de atuação que eles estão levantando”, disse a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto, em Brasília. Mourão, no entanto, admitiu não saber se o grupo pode fazer tal recomendação. “Tenho que estudar, não tenho certeza”, afirmou.

O gabinete de crise se reuniu na manhã desta segunda. Participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e de Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

O general defendeu uma punição rigorosa para os culpados, inclusive criminalmente. “Primeiro a punição que dói no bolso, que já está sendo aplicada; e segundo, se houve imperícia, imprudência ou negligência por parte de alguém dentro da empresa, essa pessoa tem que responder criminalmente. Afinal de contas, quantas vidas foram perdidas nisso daí?”, disse.

Mourão destacou também que a primeira parte da ação já está sendo feita agora com o rescaldo da área, o socorro às vítimas e o resgate de corpos. “Infelizmente, a cada dia que passa é menos provável que a gente encontre alguém com vida, mas não podemos perder as esperanças”, disse.

Questionado sobre se, após o desastre, o governo poderia fazer uma defesa mais enfática do meio ambiente, levando o tema para o centro das decisões, Mourão afirmou que o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou tal posição no Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça, por conta da discussão sobre a permanência do Brasil no Acordo de Paris.

“Eu também já disse que nós não podemos nos furtar, que essa é uma questão moderna. Aumentou demais o número de pessoas na terra, a exploração econômica de modo que a gente possa alimentar essas pessoas todas é enorme a gente tem que, de todas as formas preservar, porque é o nosso planeta né, se não vamos ter que viver em Marte”, disse.

Mourão voltou a defender que as buscas por sobreviventes ou por corpos de vítimas devem ser feitas por grupos especializados, como o Corpo de Bombeiros e as forças de Israel. Ele também afirmou que a tragédia não deverá ser tratada na reunião do conselho de ministros marcada para esta terça. “Vamos aguardar o retorno do presidente que voltará zerado, pronto para correr, nadar e fazer tudo o que tem direito”, disse.

Mourão assumiu a presidência da República interinamente nesta manhã, enquanto Bolsonaro passa por uma cirurgia em São Paulo para a retirada da bolsa de colostomia. Segundo Mourão, a previsão é que a cirurgia acabe por volta das 13h.

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