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Fux diz que escolha de Moro “foi a que a sociedade brasileira faria”

Um 2º ministro do STF, no entanto, afirma que juízes são “péssimos gestores” e decisão dá munição ao discurso do PT de perseguição política

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux
1 de 1 Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira (1º/10) que o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, é um “excelente nome” para comandar o superministério da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). “A sua escolha foi a que a sociedade brasileira faria, se consultada”, disse o ministro.

Na avaliação de Luiz Fux, o juiz federal é “símbolo da probidade e da competência”. Para o ministro, a escolha de Sergio Moro foi “por genuína meritocracia”.

“(Moro) Imprimirá no Ministério da Justiça a sua marca indelével no combate à corrupção e na manutenção da higidez das nossas instituições democráticas, prestigiando a independência da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário”, disse Fux.

“Marketing”
Um segundo ministro do STF, que pediu para não ser identificado, acredita que a ida de Moro ao superministério da Justiça foi uma “jogada de marketing” do governo Bolsonaro – com data de validade – e colocará o magistrado no centro do debate político, vulnerável a críticas sobre a sua futura gestão.

Para esse integrante do STF, juízes, de uma forma em geral, são “péssimos gestores” e a futura nomeação de Moro dá munição ao discurso do PT de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, é alvo de perseguição política e de julgamento parcial.

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