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Funaro diz que pagou até apê de Cunha, comprado do ex-jogador Vampeta

Segundo operador, imóvel era para uma das filhas do ex-presidente da Câmara. Ele afirmou também ter pago 10 carros para peemedebista

atualizado

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1 de 1 vampeta - Foto: Divulgação

Em depoimento na 10ª Vara Federal em Brasília, o operador financeiro Lúcio Funaro detalhou a contabilidade que mantinha com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Segundo contou, Funaro teria pagado, em nome do ex-deputado, um apartamento comprado pelo peemedista do ex-jogador de futebol Vampeta e 10 carros.

De acordo com o depoimento, foi o operador quem negociou a compra de um flat com o ex-atleta da Seleção Brasileira. Mas o imóvel era para uma das filhas de Eduardo Cunha. Ao jornal Folha de São Paulo, Vampeta primeiro negou a transação, mas depois lembrou ter vendido a Funaro (que disse ter reconhecido por fotos na internet) o apartamento.

Ao juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, Funaro afirmou, na terça-feira (31/10), que todos os documentos que comprovam essas operações foram entregues por ele à Procuradoria-Geral da República, com quem firmou acordo de delação premiada, e à Polícia Federal.

Ele também afirmou que “mandou” o empresário Joesley Batista, dono da JBS, pagar R$ 30 milhões ao ex-deputado. As transferências seriam direcionadas tanto a Eduardo Cunha quanto a outros nomes de seu grupo político. “Tudo debitado na minha planilha, é por isso que o meu saldo com o Joesley chegava a cento e setenta e poucos milhões de reais”, disse ao magistrado, referindo-se a uma tabela entregue à força-tarefa da Lava Jato.

O delator também contou que todo o mês creditava em sua própria conta corrente R$ 244 mil, desviados da obra do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, para ir abatendo sua dívida com Eduardo Cunha – “e nunca era suficiente, pois havia outras operações”. A parte de seu ex-funcionário, o empresário Alexandre Margotto, e do ex-presidente da Caixa, Fábio Cleto, no empreendimento, segundo Funaro, era de R$ 56 mil mensais.

Ele destacou ainda que as operações com a construtora Odebrecht sempre eram pagas em “dinheiro vivo”: Funaro disse estar na dúvida, mas acreditava que com a OAS acontecia o mesmo, e afirmou não se lembrar como eram feitos os acertos financeiros com outras empreiteiras envolvidas nos esquemas de corrupção mantidos pelo grupo.

Assista as revelações de Lúcio Funaro, no vídeo abaixo: 

 

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