“Essa exposição não é boa”, diz Túlio Gadêlha sobre futuro político

Bastou uma foto em um shopping do Rio de Janeiro, em novembro do ano passado, para que a vida do advogado Túlio Gadêlha, 30 anos, ganhasse projeção nacional. Isso porque ele apareceu ao lado da apresentadora da TV Globo Fátima Bernardes, de mãos dadas, e logo depois o casal assumiu o namoro. No entanto, a grande exposição, segundo o filiado ao PDT, não está sendo boa para seus projetos políticos.

“Isso acaba não sendo bom, porque nosso sistema procura bloquear qualquer tipo de ameaça a um projeto político. Por exemplo, até ontem, não tinha certeza se poderia ser candidato pelo PDT. Hoje, tivemos uma reunião que garantiu essa possibilidade”, disse Gadêlha, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, na sede nacional do partido, na tarde desta quarta-feira (21/2). O namorado de Fátima deve disputar uma vaga como deputado estadual ou federal.

De passagem por Brasília, Túlio veio discutir com a sigla questões sobre alianças políticas. “Em alguns estados, o PDT se mostra um partido muito fechado, e as decisões são tomadas monocraticamente e não democraticamente, por isso é necessário conversar”, explicou. Além disso, o advogado deve se encontrar com parceiros na capital federal. Um deles é o deputado distrital Reginaldo Veras.

Apesar de já ter se candidatado em eleições anteriores, Túlio admite que a política não é fácil, principalmente, para quem “não é filho de senador, deputado ou prefeito”. “Nós, que somos ativistas, encontramos várias barreiras. Quando nos tornamos uma ameaça, a gente deixa de ser aliado e passa a ser opositor”, explica.

E, se no passado a eleição não estava fácil, o filiado ao PDT acredita que a situação vai ser diferente neste ano. “A legislação eleitoral mudou muita coisa, a política está mais leve, as campanhas não vão ter aquela estrutura de muro, carro de som. O eleitor está indignado com os candidatos. Eles devem procurar alternativas. A eleição guarda grandes surpresas”, afirma.

Túlio Gadêlha ficará em Brasília até sexta-feira (23). Nesta tarde, reuniu-se com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o presidente da juventude do partido no DF, Léo Bijos, além de demais lideranças do Ceará, Rondônia e Distrito Federal. Durante esses dias, deverá construir uma rede de apoio à sua candidatura, incluindo empresas desenvolvedoras de ferramentas para que o cidadão possa doar dinheiro a seus candidatos.

Durante a conversa, a qual durou pouco mais de 30 minutos, Gadêlha falou ainda sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro, posicionou-se contra ela e definiu a ação como uma estratégia “populista” do presidente Michel Temer (MDB), que “não deverá resolver a situação da violência do estado”. No entanto, não quis comentar a sua relação com a apresentadora Fátima Bernardes.