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Entre tapas e beijos: veja frases que marcaram a Previdência na Câmara

Em meio às discussões sobre a nova aposentadoria, o clima esquentou e os ânimos dos parlamentares afloraram, rendendo momentos inusitados

atualizado

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Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Maia, Bolsonaro, reforma da Previdencia
1 de 1 Maia, Bolsonaro, reforma da Previdencia - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O clima esquentou por diversas vezes durante as sessões marcadas para discutir a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. No plenário, parlamentares dos mais distintos partidos e posições políticas precisavam chegar a um acordo sobre como encaminhar o texto apresentado pelo governo. Foi em meio às discussões que os ânimos afloraram. O ministro da Economia, Paulo Guedes, protagonizou um dos momentos mais inusitados na Casa.

Em uma audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que discutia a nova proposta do sistema de aposentadorias, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) afirmou que Guedes é “tigrão” quando se trata dos mais pobres e “tchutchuca” quando fala com a classe “privilegiada” do Brasil.

“O senhor é tigrão quando é com os aposentados, com os idosos, com os portadores de necessidades. O senhor é tigrão quando é com os agricultores, os professores. Mas é tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada do nosso país”

Zeca Direceu

A manifestação de Dirceu enfureceu o ministro, que tirou o microfone da sua frente e alegou que não comparecera à audiência para ser desrespeitado. Na sequência, rebateu as ofensas sem “papas na língua”. A sessão chegou a ser suspensa porque o presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), não conseguiu acalmar os parlamentares.

“Vossa Excelência não falte com o respeito comigo. Tchutchuca é a mãe, é a avó, é a sua família inteira. Eu respeito quem me respeita”

Paulo Guedes

DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

Embate feminino
Em outro episódio, foi a vez das adversárias Joice Hasselmann (PSL-SP) e Maria do Rosário (PT-RS) travarem uma troca de farpas na Câmara. As duas se desentenderam durante a reunião da CCJ destinada à leitura do parecer do relator Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) sobre a reforma da Previdência.

Joice, que não integra a comissão, chegou à reunião e sentou-se à Mesa Diretora do colegiado. Irritada com a concessão feita pelo presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini, Maria do Rosário reclamou do privilégio. Enquanto a parlamentar protestava, a líder do Governo no Congresso passou a filmá-la. Foi então que o impasse ganhou força.

“Não é postura de decoro daquela deputada que utiliza da tribuna de honra, ao lado do presidente, em gravações que, às vezes, desonram o Parlamento”

Maria do Rosário

IGO ESTRELA/METRÓPOLES

Maia irônico
O posto de principal articulador da reforma da Previdência no Congresso deixou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mais irônico e esquivo com decisões do Executivo. Em entrevistas, o democrata separou um tempo para alfinetar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e as iniciativas do governo.

Na semana passada, Maia criticou a “nova política” que Bolsonaro diz representar. O congressista disse ainda que o presidente precisa focar no conjunto, e não só nos seguidores “mais fiéis”.

“Ele [Bolsonaro] foi muito competente porque, com sete mandatos de deputado, representa a nova política. Conseguiu ficar esse tempo todo no Parlamento e representa a nova política. Parabéns pra ele”

Rodrigo Maia

Marcos Corrêa/PR

Guedes, o ministro sistemático
Responsável pelo texto original da reforma da Previdência – apresentado ao Congresso Nacional –, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não gostou das alterações sugeridas pelos parlamentares. O economista ameaçou abandonar o governo de Jair Bolsonaro caso a proposta não fosse aprovada na forma como foi entregue à Câmara.

“Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar. Se só eu quero a reforma, vou embora para casa”

Paulo Guedes

Sobre as outras ocasiões em que declarou a possibilidade de deixar o governo, Guedes disse que não é irresponsável, mas não ficará com um cargo onde é o único a acreditar nas propostas da pasta.

Em outra investida, Maia afirmou que o governo cria “crises desnecessárias”, que “não podem atingir a Câmara dos Deputados”. De acordo com o parlamentar, Guedes tem uma “visão distorcida do que é diálogo e democracia”.

“O governo virou uma usina de crise permanentes que não atingirá a Câmara dos Deputados”

Rodrigo Maia

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Já em um evento voltado ao mercado financeiro, o ministro arrancou risos da plateia ao comentar as dificuldades do governo e da reforma. Ao perceber a empolgação dos presentes, Guedes soltou uma frase polêmica em forma de crítica.

“Nós somos 200 milhões de trouxas, explorados por duas empreiteiras, quatro bancos, seis distribuidoras de gás e uma produtora de petróleo”

Paulo Guedes

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