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Embaixada nos EUA: Mourão “não vê problema” em indicação de Eduardo

Vice-presidente disse que “decisão a gente não discute, a gente cumpre”, mas considera que Bolsonaro não discutiu a decisão com conselheiros

atualizado

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José Cruz/Agência Brasil
Hamilton Mourão
1 de 1 Hamilton Mourão - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (15/07/2019) que não vê nenhum problema na possível indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PSL), para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Mourão declarou que “decisão a gente não discute, a gente cumpre”, mas ao mesmo tempo considerou que o presidente ainda não discutiu a questão com seus principais conselheiros.

“Ele [Eduardo] está dentro daqueles requisitos que a nossa legislação coloca para aqueles que não são da carreira diplomática”, disse Mourão, em entrevista concedida a correspondentes internacionais na Confederação Nacional do Comércio (CNC), no centro do Rio de Janeiro. “É uma decisão do presidente, que obviamente ele ainda não discutiu com a totalidade de seus conselheiros, seus principais conselheiros.”

Apesar disso, o vice comentou que não vê “nenhum problema” nessa questão. “É uma decisão do presidente. Ele considera que hoje o deputado Eduardo Bolsonaro seria o melhor representante do governo brasileiro junto ao governo americano. Uma vez que é uma decisão específica dele… Eu sempre digo uma coisa: decisão a gente não discute, a gente cumpre”, comentou.

Átila
O vice-presidente admitiu ainda que diminuiu suas declarações públicas e entrevistas após um pedido do presidente Jair Bolsonaro. Mourão disse que considerou o pedido como “uma coisa normal” e defendeu Bolsonaro.

“Não temos tido atrito, eu e o presidente. O presidente conversou comigo um tempo atrás, ‘pô, diminui um pouco a exposição’, uma coisa normal. Eu considero isso uma coisa normal, sem problema nenhum”, comentou.

Chamado de “embaixador” por uma jornalista francesa, Mourão foi questionado sobre o motivo de Bolsonaro não conceder entrevistas a correspondentes internacionais, sendo que, segundo ela, a imagem do presidente não é das melhores no exterior. O vice, então, defendeu o presidente.

“Eu vou falar com o presidente para que ele também converse com vocês. Existe uma certa má vontade com a figura do presidente Bolsonaro. Foi criada uma imagem no resto do mundo como se fosse o Átila, o huno, eleito presidente aqui no Brasil. Não é isso. Ele não é, em absoluto, uma pessoa totalmente fora dos padrões com o que estamos acostumados”.

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