metropoles.com

Em Boston, Ricardo Vélez é alvo de críticas de Barroso e Huck

Tanto o ministro do STF quanto o apresentador criticaram a linha de trabalho do ministro, alvo de críticas até do presidente Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

Luis Fortes/MEC
Ricardo-Vélez-Rodriguez2
1 de 1 Ricardo-Vélez-Rodriguez2 - Foto: Luis Fortes/MEC

Boston (EUA) – O ministro da Educação, Ricardo Vélez, que pode ser demitido do cargo em breve, segundo indicação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), foi alvo de críticas na Brazil Conference, fórum de discussões sobre o Brasil, que ocorre em Boston, nos Estados Unidos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, sem citá-lo nominalmente, fez uma crítica à condução da educação no Brasil, que é também uma crítica ao presidente Bolsonaro. “Quem acha que o problema da escola brasileira é ideologia do gênero, escola sem partido e saber se teve ditadura no Brasil, está assustado pela assombração errada”, disse o ministro.

Para ele, os problemas mais graves da educação são a evasão escolar de jovens no ensino médio, a distorção idade/série (alunos que repetem de ano e ficam para trás no sistema escolar) e o fato de que mesmo muitos alunos que concluem o ensino médio não conseguem assimilar tudo o que aprenderam.

A afirmação foi feita durante um painel sobre o sistema carcerário brasileiro e políticas para melhorar as condições de vida dos presos. A educação foi apontada como a principal política para evitar que jovens sejam atraídos pelo crime.

Mais cedo, o ministro Ricardo Vélez havia sido criticado pelo apresentador de TV, Luciano Huck, que fez a palestra de abertura da Brazil Conference. Huck disse que sua principal preocupação é a educação e a redução de desigualdades. Foi aí que criticou Ricardo Vélez, sem o citar nominalmente.

“As soluções para a educação estão na mesa. E são exatamente o contrário do que o ministro está fazendo”, afirmou. “Sentar na sala de aula não significa que o aluno está aprendendo. Educação tem que ser nossa prioridade número um. Se não, a gente vai continuar enxugando gelo. Enquanto as oportunidades não forem iguais para todos, não existe meritocracia”, afirmou.

Compartilhar notícia