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Economista é indicado para assumir diretoria responsável pelo Enem

Paulo César Teixeira teve nome aprovado por Ricardo Vélez. Cargo ficou vago após ministro anular indicação feita pelo Escola Sem Partido

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Ministério da Educação (MEC) indicou Paulo César Teixeira, economista e administrador, para assumir a Diretoria de Avaliação do Ensino Básico (Daeb) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), área responsável pela elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O nome de Teixeira foi aprovado nesta segunda-feira (21/1), pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez, após recuo na indicação de Murilo Resende para a vaga.

Professor da PUC-Rio nos cursos de graduação e pós-graduação em Administração, Teixeira é uma indicação de Marcus Vinicius Rodrigues, que deve assumir a presidência do Inep. A avaliação é de que ele tem boa capacidade de gestão para atuar na diretoria. Além de professor, Teixeira trabalhou em cargos de direção de grandes empresas.

Na quinta-feira (17), o governo Jair Bolsonaro tornou sem efeito a nomeação de Resende para o Daeb, que havia sido feita um dia antes, e o nomeou para o cargo de assessor da Secretaria de Educação Superior do MEC. Em nota, o ministério disse que ele vai atuar em um grupo especial de trabalho que “ajudará no acompanhamento, análise e direcionamento do Enem”.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Rodrigues disse que a nomeação de Resende para a diretoria do Inep foi um erro por se tratar de um cargo em que é preciso lidar com a gestão de processos e pessoas. Para ele, Resende é um “pensador” e pode contribuir mais como assessor.

Resende havia sido indicado pela ala do ministério ligada a Olavo de Carvalho e teve o nome aprovado por pessoas ligadas ao movimento Escola Sem Partido.

Em uma audiência pública no Ministério Público Federal, em 2016, sobre “Doutrinação Político-Partidária no Sistema de Ensino” ele afirmou que professores brasileiros são desqualificados e manipuladores, que tentam roubar o poder da família praticando a “ideologia de gênero”.

No dia em que foi indicado para assumir, teve o nome questionado por educadores e fundações educacionais que, além de manifestarem preocupação com as posições educacionais do indicado, também apontaram a falta de experiência em educação.

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