Dilma quer delação de Funaro para tentar anular impeachment
Defesa da ex-presidente vai requerer a juntada aos autos de mandado de segurança contra o seu impeachment nesta terça-feira (17/10)
atualizado
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A defesa da ex-presidente da República Dilma Rousseff afirmou, nesta segunda-feira (16/10), que vai utilizar a delação do corretor Lúcio Funaro, divulgada na última sexta (13), para pedir a anulação do processo que resultou em seu impeachment no ano passado. A informação é do blog do Fausto Macedo do jornal Estado de São Paulo.
Segundo a defesa da ex-presidente o processo é “nulo” porque, no acordo de colaboração do operador, fica “demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment”.
A defesa da ex-presidente vai requerer, nesta terça-feira (17) a juntada do relato de Funaro aos autos de mandado de segurança contra o seu impeachment.“Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade”, afirmou José Eduardo Cardozo, advogado da ex-presidente.
Já a defesa de Cunha declarou que qualquer estudante de direito sabe que delação não comprova nada e desafiou Lúcio Funaro e os advogados de Dilma a provarem a compra de votos.