metropoles.com

Depois de bate-boca, comissão de Escola Sem Partido suspende sessão

Mesmo se os trabalhos forem retomados ainda nesta terça (14/11), a expectativa é que o projeto não seja votado

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Congresso Nacional
1 de 1 Congresso Nacional - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mais uma reunião da Comissão que debate o projeto Escola Sem Partido foi suspensa sem deliberação nesta terça-feira (13/11). A oposição obstruiu a reunião com o uso de questões de ordem até o início da sessão deliberativa da Câmara. Com o começo dos trabalhos no plenário, a comissão precisou ser automaticamente suspensa após cerca de duas horas. A reunião pode ser retomada ao fim de sessão no plenário.

A deputada federal Érika Kokay (PT-CE) liderou as manifestações. No início, com questionamento sobre a restrição de público no plenário onde era realizada a sessão. A segurança da Câmara restringiu o número de pessoas no local e foram distribuídas senhas.

Além disso, o início da sessão não estava sendo transmitido pela internet, o que também foi alvo de questionamento dos deputados.

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) defendeu o projeto. “Eles (estudantes) vão à universidade e aprendem que é Marx, Paulo Freire, que a burguesia fede e não aprendem metodologia. Se ele sabe ler e escrever e fazer as quatro operações, ele saberá fazer seu juízo de valor”, disse o deputado.

Houve bate-boca entre manifestantes e parlamentares. O deputado Éder Mauro (PSD-PA) chegou a debater com os visitantes no plenário. Com as mãos, ele simulou que portava uma arma e fez como se atirasse na direção dos opositores ao projeto.

Mesmo se a comissão retomar os trabalhos ainda hoje, a expectativa é que o projeto não seja votado. Há um acordo para que seja feito um pedido de vistas, o que deve adiar a deliberação para ao menos duas sessões.

Compartilhar notícia