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Defesa de Picciani: Tribunal errou ao autorizar prisão de deputados

Nélio Machado argumenta que os desembargadores do TRF-2 fizeram um pré-julgamento ao avaliar as denúncias do MPF

atualizado

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Alerj/Divulgação
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1 de 1 jorge-picciani-840×565 - Foto: Alerj/Divulgação

O advogado de defesa do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Nélio Machado, disse que o “tribunal errou” ao determinar a prisão preventiva do seu cliente, Jorge Picciani, e também dos deputados Paulo Mello e Edson Albertassi. Os três são parlamentares pelo PMDB do Rio. “Estão punindo suposto pecador sem dar a ele o direito de defesa”, afirmou.

Machado argumenta que os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) fizeram um pré-julgamento ao avaliar nesta quinta-feira (16/11) as denúncias do Ministério Público Federal (MPF) de envolvimento dos parlamentares em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro.

“Estão confundindo prisão preventiva com pena antecipada. O que se vê na decisão é que se toma como verdadeira a versão de pessoas que têm a posição de colaboradoras em troca de vantagens Ninguém leu o depoimento dele (Picciani) na polícia”, disse Machado.

O advogado disse que não há tempo hábil para tentar liberar o presidente da Alerj por meio de habeas corpus e que a melhor opção será aguardar o posicionamento da Assembleia, que poderá suspender a decisão do TRF-2.

“Amanhã é sexta-feira. Segunda-feira é feriado. Tudo isso conspira em nosso desfavor”, acrescentou. Em sua opinião, a prisão só deveria acontecer depois de os deputados estaduais se manifestarem.

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