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Crise na fronteira: governo reforça segurança de presídios de Roraima

Objetivo é evitar que eventual rebelião de presos torne ainda mais grave a segurança no estado, que faz limite com Venezuela

atualizado

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1 de 1 Pamc-roraima-presídio1 - Foto: Divulgação

O governo federal decidiu aumentar o monitoramento de presídios de Roraima devido à crise na fronteira da Venezuela. O objetivo é evitar que eventual rebelião de presos torne ainda mais grave a segurança local. As informações são do jornal O Globo.

O estado tem pouco menos de 2 mil presos, mas a situação de precariedade a que estão submetidos é um grande fator de preocupação. Além disso, até o ano passado, de acordo com a reportagem, os próprios detentos controlavam as instituições.

Segundo o jornal, há poucos meses, as autoridades conseguiram assumir as rédeas dos estabelecimentos. Mas esse comando ainda passa por adaptações, o que faz do estado um ponto de constante instabilidade no sistema prisional.

Ainda no ano passado, havia em Roraima presídios com detentos caminhando livremente pelas dependências. Há relatos de presos que, diante de alvará de soltura, se recusavam a ser soltos, temendo ser uma emboscada de facções rivais interessadas no extermínio de inimigos.

De acordo com a reportagem, as instalações insalubres das instituições ainda são um foco de insatisfação dos presos e houve, nos últimos meses um aumento da população carcerária, com a chegada de venezuelanos no estado que, muitas vezes, cometem crimes em território brasileiro.

Há duas semanas, o ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou a permanência, até 28 de abril, da Força Nacional e da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) que atuam na retomada do controle prisional em Roraima. O decreto que mantém a atuação das forças também listava preocupações com o risco de a “crise migratória no estado” chegar ao sistema prisional, de acordo com a reportagem.

O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em vigor até março autoriza a atuação de militares do Exército na região.

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