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CPI do BNDES marca depoimento de Joaquim Levy para o próximo dia 26

Convocação do agora ex-presidente da instituição foi aprovada há dois meses. Comissão investiga indícios de irregularidades no banco

atualizado

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Elza Fiúza/Agência Brasil
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1 de 1 EF_Isabella-Teixeira-e-Joaquim-Levy-dados-OCDE_04112015004 - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Joaquim Levy será ouvido pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga indícios de irregularidades no banco, no próximo dia 26 de junho. A data foi definida nesta segunda-feira (17/06/2019), em reunião entre os integrantes da comissão.

Em abril, os parlamentares já tinham aprovado a convocação de Levy, que foi solicitada pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), o mesmo que pediu, nesta segunda, a antecipação do depoimento do ex-presidente do BNDES.

De acordo com o parlamentar, a intenção é saber o real motivo que levou ao pedido de demissão de Levy. “Precisamos que ele explique exatamente o que contém na caixa-preta dos empréstimos internacionais. Grandes grupos econômicos, como a JBS, a Odebrecht e a Vale, foram beneficiados pelo BNDES ao longo de anos”, afirma o deputado.

Veja, na íntegra, o requerimento da convocação de Levy:

Requerimento – Convocação J… by on Scribd

Governo Dilma
Levy ocupou a pasta da Fazenda no governo Dilma entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2015 e, nesse período, formulou e executou políticas econômicas que tinham total correlação com as atividades do BNDES.

“Vários investimentos realizados em empresas brasileiras que se internacionalizaram foram feitos sob a gestão do ministro, o que o coloca como testemunha privilegiada das operações. Além disso, segundo o próprio estatuto do BNDES, cabe ao ministro indicar membros nos Conselhos Fiscal e Administrativo da instituição. Isso demonstra mais uma vez a interferência do ministro da Fazenda no BNDES”, ressalta Elias Vaz.

Joaquim Levy também foi secretário do Tesouro Nacional no governo Lula, entre 2003 e 2006, e um dos diretores do Banco Mundial, em 2016.

Nesse domingo (16/06/2019), Joaquim Levy pediu demissão do cargo após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) dizer, no sábado (15/06/2019), que a cabeça dele “estava a prêmio”.

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